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REVISTA ELECTRÓNICA DE RECURSOS EN INTERNET 
SOBRE GEOGRAFÍA Y CIENCIAS SOCIALES
Universidad de Barcelona
Nº 76. 25 de agosto de 2003
ISSN 1578-0007  Depósito Legal: B. 21.743-98

ESPAÇO VIRTUAL E ENSINO DE GEOGRAFIA A DISTÂNCIA[1]

Valdenildo Pedro da Silva
Prof. da Licenciatura em Geografia do CEFET-RN e Doutorando em Geografia -UFRJ)

Cláudio A. G. Egler
Professor do Departamento de Geografia da UFRJ).


Palabras clave: espacio virtual, enseñanza de la geografía la distancia

Key-words: virtual space, geography teaching at a distance


O tema em tela nos fez remeter ao título do livro de Milton Santos "Por uma Geografia Nova". Nessa obra, reside e aviva-se o entendimento de ser necessária a renovação permanente desse saber da humanidade, refletindo-se principalmente sobre os modos como vem se produzindo e difundindo o conhecimento geográfico neste atual momento de avanço das tecnologias de informação e comunicação, em que se conforma um outro espaço, o do movimento da virtualização[2],iniciado há muito tempo, por meio de técnicas mais antigas, tais como a escrita, o registro do som e da imagem, o rádio, a televisão e o telefone.

Nesse sentido, indagamos: em que medida o ensino de geografia, nos níveis fundamental, médio e superior, vem compreendendo o espaço virtual e fazendo uso dele como mais um dos meios disponíveis de construção e aprendizado do conhecimento geográfico?

Essa indagação sugere outra: afinal, o que é o espaço virtual? Segundo Lévy (1996), a palavra "virtual" vem do latim medieval virtuale ou virtualis, mantendo o seu radical virtus, que significa algo que existe em força, em potência. A existência do espaço virtual se dá por meio de operações mediadas por redes eletrônicas e informáticas. Esse espaço não prescinde da interpretação e contextualização individual humana das experiências vividas, o que acontece no lugar do ser-aí, que significa existência propriamente humana utilizando uma expressão do livro desse autor. O espaço virtual vem sendo denominado por geógrafos e não-geógrafos de "ciberespaço". Diante de tal realidade, somos obrigados a pensar geograficamente sobre o ciberespaço, pois esse se apresenta como um conceito e/ou paradigma novo da ciência geográfica nesta contemporaneidade.

É pretensão nossa trazer uma contribuição ao debate sobre os sentidos e os rumos que o ensino de geografia deve tomar nestes novos tempos, em que as constantes transformações socioeconômicas, políticas e tecnológicas têm requerido um sujeito cada vez mais competente, que saiba agir de modo inteligente e seja possuidor de conhecimentos múltiplos e complexos. Em contrapartida, podemos dizer que essa é uma questão quase paradoxal, considerando o fato de estarmos diante de uma sociedade que se apresenta bem mais empobrecida, pela imposição neoliberal em todas as esferas da atividade humana, no curso dos últimos anos.

Não podemos negar que já estamos trilhando por um mundo em que o conhecimento vem desempenhando, cada vez mais, um papel primordial. Tudo parece estar evoluindo sob o prisma de novas tecnologias, de novos conhecimentos. Isso é inegável. Espaços diversificados de conhecimento -a imprensa, a televisão, o computador, a internet, o videocassete, o telefone, o rádio, dentre outros -fazem despontar o interesse e a atenção dos alunos.

Em face disso, podemos dizer que o ensino de geografia já não pode funcionar sem se articular com dinâmicas mais amplas, que extrapolam a sala de aula. Dizendo isso, não estamos querendo esperar do uso dessas tecnologias a panacéia para todas as dificuldades que a educação e, em particular, o ensino de geografia vivenciam. Mas a de poder estar refletindo sobre a realidade em tela, que é a da existência de um espaço virtual, mediado ou potencializado por novas tecnologias da informação e da comunicação, e que pode dinamizar o ensino de geografia tanto em suas modalidades presenciais, como nas virtuais.

Belloni (2001, p. 4) ressaltou que "essas mesmas tecnologias que globalizam deste modo as informações estão sendo aplicadas à aprendizagem aberta e a distância, seja formalmente, a partir de sistemas de educação a distância, seja de modo informal, por toda a parafernália de televisão, redes telemáticas e produtos multimídia".

Diante disso, indagamos: até que ponto nós, geógrafos, poderíamos rumar também para outras práticas educativas mediadoras e mediatizadas de ensino e de aprendizagem presenciais e a distância no século XXI, utilizando-nos dessas novas tecnologias? Podemos, na medida do possível, utilizando-as gerar novos conhecimentos, repassar ou socializar os conhecimentos geográficos produzidos e, por que não dizer, democratizar o acesso ao conhecimento. Eis a nossa missão, enquanto integrantes de uma instituição pública de ensino.

De antemão, não podemos, nem devemos, desconsiderar o movimento da realidade socioespacial vigente, permeada por novas tecnologias que estão gerando impacto em todo o universo social, e criando novas dinâmicas onde o conhecimento vai se tornando gradualmente central (Dowbor, 2001, p. 19). Cabe-nos, então, pensar que, em outras épocas, existiram expectativas de que as novas tecnologias pudessem solucionar os problemas da educação e do ensino no Brasil, quando, na realidade, esses problemas vinculam-se ao sistema econômico e político perverso e desequilibrado que ora vivenciamos.

Mas que proveito podemos tirar da utilização dessas novas tecnologias? O de que elas nos permitem ampliar e reorganizar o ensinar e o aprender, o entendimento de espaço e de tempo, estabelecendo novas ligações entre o estar juntos fisicamente e virtualmente.

Antes de tudo, salientamos que o ensino a distância não é necessariamente sinônimo de sofisticação tecnológica. Ele pode acontecer por meios ou procedimentos econômicos e populares, como destacou Nogueira, citado por Popp (2002, p.1): deve-se compreender que não há necessidade de que o indivíduo esteja literalmente diante de um computador para ser usuário das novas tecnologias. Ao assistir a um programa de televisão, ouvir um programa de rádio, falar ao telefone, ler um livro, andar de automóvel, ele já usufrui das mais avançadas tecnologias. Isto sem falar de uma cópia xerox ou de um saque bancário".

Nessa trajetória, precisamos questionar sobre a maneira como vem se ensinando o saber geográfico, os conteúdos e os instrumentais que são utilizados, mas, sobretudo, as possibilidades de dinamização e de democratização desse saber na contemporaneidade.

Nessa trajetória, o ensino a distância constitui-se numa opção de procedimento da ação educativa, ou seja, numa alternativa de mediação na construção de uma sociedade culta, crítica e civilizada (Luckesi, 1989, p. 11). É ainda no pronunciamento desse mesmo autor que fundamentamos a nossa concepção de que "o ensino a distância, a depender do objetivo político, da ciência e dos recursos metodológicos que lhe dê forma, possibilita, como outros modos de ensino, a aquisição de conhecimentos, o desenvolvimento de habilidades e a formação de hábitos".

Desse modo, acreditamos que, com a concretização desses propósitos, estaremos abrindo algumas perspectivas e/ou oferecendo oportunidades à sociedade brasileira de poder responder aos desejos e anseios de se obter uma educação continuada, bem como a de colaborar de maneira eficaz na preparação de profissionais para o atual mercado competitivo.

Esperamos, assim, estar contribuindo para a ampliação da formação de estudantes e de profissionais que, por dificuldades de tempo e acesso, não tiveram oportunidades ou condições de conhecer, discutir e incorporar as produções geográficas mais recentes à sua prática cotidiana. Aliando-se a isso, existem perspectivas abertas de interiorização e de democratização do saber geográfico em vários níveis escolares por outras áreas geográficas do país. Com tais atitudes, todos nós geógrafos, estaremos dando a nossa contribuição para a construção de um país com menor desigualdade social e mais equânime.

Vejam-se por exemplo, algumas experiências isoladas que já vêm sendo desenvolvidas no país, no ensino interativo de geografia, fazendo uso dessas novas tecnologias, dentre elas o computador e a internet. Na Universidade de São Paulo, por meio do Laboratório de Ensino e Material Didático -LEMADI, do Departamento de Geografia, foi proposto um curso de Ensino a distância de Cartografia para professores do ensino fundamental, objetivando qualificar e requalificar geógrafos-educadores que lecionam nesse grau escolar.

Por outro lado, fazendo uso da internet, o Laboratório de Geoprocessamento do Departamento de Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro -UERJ - desenvolveu um curso de Geografia a distância sobre o tema Globalização, Mitos e Realidades no Debate da Geografia. Esse curso procurou disseminar, através da internet, por vários Estados do país, um conjunto de cursos estruturados por textos e imagens, sob a forma de módulos, com esquemas de acompanhamento e avaliação, que disponibilizavam para os alunos-internautas temáticas multidisciplinares relacionadas à geografia.

Mas a experiência que merece nosso destaque aqui é a implantação do curso superior de Licenciatura a Distância em Geografia que está sendo encaminhado, num consórcio entre o Centro Universitário de Ensino a Distância do Estado do Rio de Janeiro -CEDERJ - e as universidades públicas sediadas no Estado do Rio de Janeiro: UFF, UFRJ, UERJ, UENF, UNIRIO e UFRRJ[3], objetivando oferecer educação superior gratuita e de qualidade à sociedad. Conforme consta no documento Ensinar Geografia para o Século XXI (UFRJ, 2001, p. 3),

"Caberá, no quadro do consórcio CEDERJ, ao Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em conjunto com o Instituto de Geociências da Universidade do Estado do Rio de Janeiro implantar a Licenciatura em Geografia a Distância.[...]. E mais adiante: [...] a necessidade de se oferecer este curso de graduação é indiscutível devido à grande carência de professores de Geografia no ensino médio e fundamental".

Para a concretização desse feito, que se encontra em andamento, o Instituto de Geociências já conta com a estrutura do Núcleo de Ensino Interativo em Geografia -EDUGEO, situado próximo às salas de aulas do ensino presencial, com a finalidade de oferecer, também, por meio dessas novas tecnologias, o apoio didático a essa modalidade de ensino, combinando o curso presencial com o virtual, ou melhor, parte do curso presencial é feita virtualmente. O acesso ao Núcleo pode ser presencial ou virtual -nesse último caso, por meio do endereço eletrônico http://www.edugeo.ufrj.br/entrada".htm. Uma parte do curso a distância será virtual-presencial, vendo-se e ouvindo-se os aprendentes geógrafos.

Pensando um pouco sobre isso, podemos dizer que estamos atrasados no ensino a distância, em particular, no que diz respeito ao de geografia. Temos poucas experiências nessa área no Brasil em comparação com outros países latino-americanos e europeus, que há vários anos lidam com o ensino a distância em nível de graduação e pós-graduação em geografia, como, por exemplo, a Espanha, que tem a Universidad Nacional de Educación a Distância, localizada em Madrid a qual privilegia ainda meios didáticos tradicionais de ensino a distância: texto, livros, rádio etc.

Estamos de acordo com Moran (1996, p. 21), quando afirma que precisamos descobrir novas formas de ensino a distância, mais adequadas para as várias realidades socioespaciais brasileiras, aliando-se, também, com novas formas de ensino presencial. Diz esse autor:

"Temos que desenvolver processos de comunicação ricos, e cada vez mais profundos. Abrir as escolas ao mundo, à vida. Criar ambientes de ensino-aprendizagem mais atraentes, envolventes e multi-sensoriais (...). As tecnologias, dentro de um projeto pedagógico inovador, facilitam o processo de ensino aprendizagem; sensibilizam para novos assuntos, trazem informações novas, diminuem a rotina, nos ligam com o mundo, com as outras escolas, aumentam a interação (redes eletrônicas), permitem a personalização (adaptação do trabalho ao ritmo de cada aluno) e se comunicam facilmente com o aluno, por trazerem para a sala de aula as linguagens de comunicação do dia-a-dia".

Nós, geógrafos, precisamos refletir um pouco também sobre o seguinte pronunciamento feito por Dowbor (2001, p. 34):

"Longe de tentar ignorar as transformações, ou de atuar de forma defensiva frente às novas tecnologias, precisamos penetrar as dinâmicas para entender sob que forma os seus efeitos podem ser invertidos, buscando uma sociedade mais equilibrada, quando hoje tendem a se reforçar as polarizações e as desigualdades. Trata-se, em outros termos, de trabalhar de maneira séria e sem ilusões o fato das novas tecnologias terem dois gumes, pois tanto podem servir para a elitização e o aprofundamento das contradições sociais, como para gerar, através da democratização do conhecimento, uma sociedade mais justa e mais equilibrada".

Com esse pensamento, precisamos dinamizar as formas de acesso ao saber geográfico, realizando um ensino que seja de qualidade, permanente e a distância, e que privilegie o "exercício da crítica, da possibilidade da manifestação da diferença, num espaço de afirmação da criatividade, da alimentação da paixão pela descoberta, de estímulo à reflexão" (Damiani; Carlos, 1999, p. 99). Mais ainda: que possibilite a um número maior de pessoas desenvolver sua capacidade de desvendamento da realidade socioespacial, por meio de novas práticas educativas em geografia presenciais e virtuais.

Tratando dessa temática, Martins (1994, p. 3) é enfático ao afirmar que

"A nossa tarefa não pode mais se limitar só ao contexto do ensino regular [ou presencial]. Se assumimos compromissos de que a educação é um poderoso instrumento de luta, o ensino aberto e a distância deverá exercer papel essencial no progresso da sociedade (...), para que possamos alcançar os objetivos da democratização, tão reiterados nas instâncias políticas da educação de nosso país".

Numa reflexão preliminar, entendemos que a demanda por educação, visando à qualificação, requalificação profissional, e sobretudo pessoal, vem sinalizando para as limitações da modalidade de ensino e educação presenciais. Assim sendo, para atender a essa crescente solicitação, é fundamental e necessária a inserção de novos meios de educação continuada, aberta e a distância.

Para a compreensão das rápidas mudanças que marcam este novo século, o ensino da geografia deve buscar utilizar todo o instrumental de ensino disponível, desde o texto escrito até a imagem em movimento, bem como os demais suportes mediáticos, com o objetivo de aumentar a eficiência do aprendizado.

Nesse sentido, é fundamental que as instituições públicas -aqui, as universidades - estejam preparadas para oferecer um ensino de qualidade e com acesso a todos os meios disponíveis para exercitar o raciocínio e a criatividade do aluno, e/ou do possível geógrafo-educador, fazendo uso de novos instrumentos de ensino a distância.

As mudanças sociais, científico-tecnológicas e educacionais vivenciadas pelas sociedades atuais orientam para uma renovação dos meios de produção e democratização do conhecimento. Nesse sentido, cabe a nós, a exemplo de outros pesquisadores de ramos diversos da ciência, ousar, buscando desenvolver análises e idéias, ou ainda criando mecanismos e alternativas que venham atender as novas demandas educativas dessa sociedade que muitos denominam de "sociedade do saber e da informação".

Defender outras práticas de ensino de geografia a distância mediadas e mediatizadas por novas tecnologias da informação e da comunicação é reconhecer a renovação espaço-temporal (a evolução dos conhecimentos científico-tecnológicos) que vivenciamos, é defender a possibilidade de atender as necessidades de qualificação do geógrafo-educador.

A AGB, como entidade máxima da categoria dos geógrafos, pela sua longa história e por seu compromisso com a sociedade brasileira, não se furtou a dialogar e ampliar sua contribuição, por meio desta mesa-redonda, discutindo novas formas de ensinar e aprender, de democratizar o saber geográfico, utilizando-se, também, dos meios virtuais disponíveis.
 

Notas
 

[1]Texto elaborado para a participação na mesa redonda - Espaço Virtual e Ensino de Geografia a Distância - no XIII Encontro Nacional de Geógrafos, em João Pessoa/PB (Brasil), julho de 2002, realizado pela Associação dos Geógrafos Brasileiros -AGB -, cujo tema versou sobre "Por Uma Geografia Nova na construção do Brasil".
[2] Para aprofundar a reflexão sobre a virtualização como uma nova forma de conceber o tempo, o espaço e mesmo os relacionamentos humanos, ver, principalmente, a obra de LÉVY, P. O que é o virtual? São Paulo: Editora 34, 1996.
[3] Veja o significado dessas siglas: UFF -Universidade Federal Fluminense, UFRJ -Universidade Federal do Rio de Janeiro, UERJ - Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UENF -Universidade Estadual do Norte Fluminense, UNIRIO -Universidade do Rio de Janeiro e UFRRJ -Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Referências Bibliográficas

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DAMIANI, A. L; CARLOS, A. F. A. Um caminho de pensar o currículo de geografia. In: CARLOS, A. F. A; OLIVEIRA, A. U. de (Org.). Reformas no mundo da educação: parâmetros curriculares e geografia. São Paulo: Contexto, 1999.

DOWBOR, L. Tecnologias do conhecimento: os desafios da educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

LÉVY, P. O que é o virtual? São Paulo: Editora 34, 1996.

LUCKESI, C. C. Democratização da educação: ensino a distância como uma alternativa. Tecnologia Educacional. Rio de Janeiro, v. 18, n. 89/90/91, p. 9-12, jul. /dez. 1989.

MARTINS, O. B. A educação superior a distância, uma modalidade de educação permanente para a UFPR. Revista Educação a Distância. n. 4-5, 1994.

MORAN, J. C. Interferências dos meios de comunicação no nosso conhecimento. XXVIII Seminário Brasileiro de Tecnologia Educacional. Rio de Janeiro: ABT, 1996.

MORAN, J. M; MASETTO, M. T; BEHRENS, M. A. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas, SP: Papirus, 2000.

NISKIER, A. Educação a distância: a tecnologia da esperança. São Paulo: Edições Loyola, 2000.

POPP, E. V. Ensino a distância de cartografia para professores de geografia do ensino fundamental.São Paulo: ABED, 2000. Disponível em: http://www.abed.org.br/texto17.doc. Acesso em 07 jun. 2002.

UFRJ, Ensinar Geografia para o século XXI. Rio de Janeiro, 2001, 9 p. Mimeografado.
 

© Copyright Valdenildo Pedro da Silva y Cláudio A. G. Egler,2003
© Copyright Ar@cne, 2003
 

Ficha bibliográfica

Valdenildo Pedro da Silva y Claudio A.G. Egler. Espaço Virtual e Ensino de Geografia a Distância. Aracne, Revista electrónica de recursos en Internet sobre Geografía y Ciencias Sociales, nº 76, 25 de agosto de 2003 (http://www.ub.es/geocrit/arac-76.htm)


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