Ar@cne
REVISTA ELECTRÓNICA DE RECURSOS EN INTERNET
SOBRE GEOGRAFÍA Y CIENCIAS SOCIALES
Universidad de Barcelona
Nº 107, 1 de abril de 2008
ISSN 1578-0007
Depósito Legal: B. 21.743-98


 

GUIA DIGITAL ECOTURÍSTICO
PARA UNIDADES DE CONSERVAÇÃO BRASILEIRAS:
UMA PROPOSTA DE DIVULGAÇÃO E MANEJO
ATRAVÉS DE SIG-WEB

 

 

Vivian Castilho da Costa
Doutora em Geografia, Pesquisadora do Grupo de Estudos Ambientais (GEA) Departamento de Geografia, Instituto de Geociências
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Brasil
vivianuerj@gmail.com

 

Nadja Maria Castilho da Costa
Doutora em Geografia, Coordenadora do Grupo de Estudos Ambientais (GEA) Professora Adjunta do Departamento de Geografia, Instituto de Geociências
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Brasil
nadjacosta@pq.cnpq.br

 

Jefferson Pereira Caldas dos Santos
Bolsista de Iniciação Científica (IC/Pibic/UERJ), aluno do Departamento de Geografia Instituto de Geociências
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Brasil
jeffe_ufrj@yahoo.com.br

 



 

Guia digital ecoturístico para unidades de conservação brasileiras: uma proposta de divulgação e manejo através de SIG-WEB (Resumo).


Os estudos desenvolvidos no Parque Estadual da Pedra Branca, localizado na zona oeste do município do Rio de Janeiro, conduziram à elaboração de um “Guia Digital” que tem por objetivo disponibilizar, via Internet e outros meios de comunicação digital, mapas temáticos sobre a área protegida. Tais recursos cartográficos se traduzirão em produtos de divulgação que visam proporcionar, aos visitantes e pesquisadores, informações detalhadas sobre as atividades ecoturísticas desenvolvidas na referida unidade de conservação. A metodologia utilizada está alicerçada na montagem de um banco de dados georreferenciado (SBDG) e na utilização de Sistema de Informação Geográfica na Internet (SIG-WEB).  Estas ferramentas foram utilizadas para realizar consultas necessárias e para auxiliar os gestores na tomada de decisões relativas à gestão do ecoturismo no PEPB. Todas as informações ajudarão o usuário que visita este espaço a planejar convenientemente suas atividades e roteiros que atendam plenamente à  uma melhora na demanda ecoturística local.                                                  

Palavras chave: Ecoturismo, SIG-WEB e Guia Digital.



 

Guía digital ecoturística para las áreas protegidas brasileñas: una propuesta de divulgación y manejo a través de lo SIG-WEB (Resumen).


Los estudios desarrollados en el Parque Estatal del Piedra Blanca, localizado en el ámbito oriental del distrito municipal de Río de Janeiro, han posibilitado la elaboración de una “Guía Digital” cuyo objetivo es poner a disposición del usuario, a través de Internet y de otros medios de comunicación digitales, mapas temáticos de este espacio natural protegido. Tales recursos cartográficos se traducirán en productos que buscan proporcionar, a los visitantes e investigadores de este espacio, información detallada de las actividades ecoturísticas desarrolladas en la unidad de conservación mencionada. La metodología utilizada se sustenta en el uso de bases de datos georreferenciadas (SBDG) y en los Sistemas de Información Geográfica en Internet (SIG-WEB). Dichas herramientas se utilizarán para llevar a cabo las consultas necesarias y para auxiliar a los gestores en las tomas de decisiones relativas a la administración del ecoturismo del PEPB. Toda la información generada ayudará al usuario que visita este espacio a planificar convenientemente sus actividades e itinerarios en el mismo y, por tanto, supondrá una mejora evidente del producto ecoturístico del lugar.


Palabras clave: Ecoturismo, SIG-WEB y Guía Digital.



 

Ecotourism digital guide for brazilian protected areas: a proposal to popularization and management through the GIS-WEB (Abstract).


The studies inside Pedra Branca State Park, located at west of the Rio de Janeiro city, led to the elaboration of a "Digital Guide" whose objective is the availability of thematic maps of such protected area, through Internet and/or other digital means. Such visual resources will result in products that seek to provide, to visitors and researchers, detailed informations about ecotouristic activities in this protected area. The methodology is based on the assembly of a georeference database (SBDG) and Geographic Information System in Internet tools (GIS-WEB). Those GIS tools will be used to the necessary consultations and to help managers in decision making concerning to ecotourism in PEPB. All the generated information will help visitors in conveniently planning their activities and itineraries to fully improve the local ecotourism demand.


Keywords:
Ecotourism, GIS-WEB and Digital Guide.

 


 


A “International Ecotourism Society” (Ties, 2005, apud IBAMA, 2006) estima que entre 40 e 60 por cento de todo o volume do turismo mundial estão relacionados às viagens que envolvem a natureza. O ecoturismo, segmento relativamente novo do turismo, é o que mais cresce no mundo. O World Tourism Organization (WTO, 2005, apud IBAMA, op. cit.) indica que o ecoturismo mundial chega, atualmente, a representar quase 4 por cento do total e que cresce a taxas acima da média do turismo. Por outro lado o World Travel & Tourism Council (WTTC, 2005, apud IBAMA, op. cit.), que também organiza estatísticas do turismo no mundo inteiro, informa que o turismo ecológico representa hoje, entre 5 a 8 por cento do negócio turístico, devendo atingir 15 por cento do movimento total. O Instituto de Ecoturismo do Brasil (IEB, 2005, apud IBAMA, op. cit.) também vem estimando um crescimento do ecoturismo brasileiro, cujo movimento pode já ter alcançado a faixa de 10,8 bilhões de dólares.


Como pôde ser visto pelas estatísticas descritas, o ecoturismo vem aproveitando, principalmente, os recursos naturais das áreas ainda preservadas de vários ecossistemas, dentre eles os da Mata Atlântica da região sudeste do Brasil. No contexto dessa atividade, as trilhas são a principal infraestrutura de manejo de visitantes em áreas de elevado potencial e as unidades de conservação públicas são o grande destino dos milhares de visitantes, que buscam os ambientes naturais para lazer e prática de esportes. Infelizmente, a grande maioria das unidades de conservação brasileiras não dispõe de recursos humanos e materiais para o manejo eficiente da malha de trilhas disponíveis aos visitantes. Planos de manejo atualizados, definição de capacidade de suporte à visitação, rotinas de monitoramento e, principalmente, equipes treinadas para a manutenção de trilhas são pouco comuns, embora a relevância do tema seja evidente entre os dirigentes e seus parceiros.


O estabelecimento de atividades recreativas e de ecoturismo, principalmente em trilhas do interior das unidades de conservação cariocas, ainda não ocorreu com base em planejamento detalhado e eficaz, tanto no que diz respeito ao controle e mitigação dos impactos negativos, quanto no fomento às atividades potenciais. Uma das preocupações dos pesquisadores e administradores das principais unidades de conservação do município do Rio de Janeiro é a proposição e/ou implementação de atividades de uso público voltadas para o lazer e ecoturismo, considerando o potencial (ainda pouco conhecido) dessas áreas, paralelamente ao interesse crescente da população - tanto daqueles que vivem contíguos ou próximos a elas, quanto do visitante que vem de outras regiões (bairros e/ou cidades), atraídas pelo contato com a natureza. Na realidade, tais práticas já vêm sendo desenvolvidas em algumas das mais importantes áreas protegidas da cidade do Rio de Janeiro - a exemplo do Parque Nacional da Tijuca (de proteção integral), Parque Municipal do Gericinó-Mendanha e do Parque Estadual da Pedra Branca - porém, de maneira desordenada e muitas vezes impactante ao meio ambiente, sem estar alicerçada no conhecimento das potencialidades e fragilidades do local.


Outra forma de divulgação dessas atividades, que vem crescendo, principalmente nas regiões e pólos ecoturísticos brasileiros, é a Internet, em resposta ao avanço tecnológico da informática.  Neste sentido, o geoprocessamento e as tecnologias de Sistema de Informação Geográfica (SIG ou GIS - Geographic Information System), Processamento Digital de Imagens, Cartografia Digital e Global Positioning System (GPS), têm-se tornado ferramentas valiosas nas mais diversas áreas de conhecimento.


Na visão de Novo (1996: p.1), Sistema de Informação Geográfica consiste em:


(...) um sistema computacional que permite o gerenciamento de dados espaciais. A palavra ‘geográfica’ significa que os dados armazenados no sistema encontram-se referenciados a um sistema de coordenadas geográficas (latitude e longitude). A palavra sistema implica que um dado SIG comporta um conjunto de componentes que permite não apenas armazenar dados, mas, sobretudo, manipular espacialmente tais dados de modo a produzir informações relevantes.


Os SIGs constituem-se também em um ambiente tecnológico e organizacional que vêm recebendo, cada vez mais, adeptos no mundo todo e se configurando como importante recurso educacional (Meneguette, 2004).  Entretanto, para atender as necessidades dos usuários dessas tecnologias, os diversos profissionais (Geógrafos, Engenheiros Cartógrafos, Biólogos, etc.) devem considerar que o mapa é um meio de comunicação eficaz, quando associado a um projeto de banco de dados cartográfico que considere a localização e caracterização ambiental da área e das atividades a serem mapeadas.


O SIG voltado para a Web (Internet), ou seja, a possibilidade de publicação de mapas pela rede, vem conseguindo alcançar o objetivo maior que é a disseminação de informação espacial para a sociedade, apesar de muitos aplicativos existentes não conseguirem publicar mapas pela Internet de forma a caracterizar um SIG com todas as suas funcionalidades. Isso significa que há limitações na velocidade de transmissão, tipos de representação (estrutura matricial é mais lenta que a estrutura vetorial dos mapas, apesar de terem proliferado vários algorítmos de compactação e manipulação de imagens matriciais), custos de armazenamento, entre outros fatores.


Neste contexto, o presente estudo visa demonstrar como utilizar softwares de SIG Livre (OpenGIS) para manipulação de banco de dados (mapas digitais temáticos), aplicando o Open Jump e sua publicação na rede (Web), usando servidor de mapas livre denominado ALOV Map
<http://alov.org> (ALOV, 2002).  Isso ocorrerá através de um projeto de divulgação dos atrativos ecoturísticos, tomando como exemplo a segunda maior unidade de conservação do município do Rio de Janeiro, como será explicitado no decorrer do próximo item.



Área de estudo e objetivos


As informações geográficas sobre as atividades ecoturísticas em trilhas serão disponibilizadas digitalmente como um produto de divulgação, para levar conhecimento ao público (eco)turista em geral e pesquisadores, e para possibilitar o planejamento e manejo da unidade de conservação pelos seus administradores (Instituto Estadual de Florestas –IEF– <http://
www.ief.rj.gov.br/>), no que se refere aos roteiros detalhados sobre a área proposta: o Parque Estadual da Pedra Branca –PEPB–  (figura 1).

 

 

Figura 1. Localização do PEPB no município do Rio de Janeiro (RJ, Brasil)

Fonte: Elaboração própria.



A referida unidade de conservação apresenta uma área com cerca de 12.500 hectares,  situa-se na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro no estado de mesmo nome e apresenta um número de visitantes, cada vez mais crescente.  Suas trilhas em meio aos remanescentes de Mata Atlântica foram recentemente mapeadas, por Costa (2002) e Costa (2006), e o Plano de Manejo do Parque encontra-se em fase de aprovação pelo órgão gestor (Fundação Instituto Estadual de Florestas – IEF/RJ). O maciço da Pedra Branca compõe, juntamente com os maciços da Tijuca e Gericinó-Mendanha, as principais feições geomorfológicas da cidade. Apresenta o ponto culminante do município.


O trabalho tem por objetivo demonstrar a metodologia empregada e os primeiros resultados na construção do Guia (Atlas) em mídia eletrônica (CD-rom) e via Internet, para disponibilizar informações, sobre as atividades ecoturísticas, passíveis de serem desenvolvidas nas trilhas do PEPB.  O referido Guia Digital irá:

·      Contribuir com os estudos sobre a utilização da semiótica, no desenvolvimento de projetos de pesquisa que visem a Educação Ambiental formal (escolas públicas), adotando material didático-pedagógico e informacional sobre o PEPB, principalmente para àquelas escolas que se encontram no entorno imediato do Parque e que convivem com problemas ambientais que prejudicam a sua conservação e/ou aumentam os impactos ambientais diretos.

·       Disseminar e disponibilizar produtos de estudos integrados entre a Cartografia e a Geografia, na utilização de geotecnologias de informação, tanto para órgãos acadêmicos (universidades), quanto para órgãos governamentais (gestores de unidades de conservação) ou não governamentais (ONGs), criando e colaborando com parcerias interinstitucionais.

·       Estudar novas formas de armazenamento e registros gráficos (mapas) ou literais (textos), além de gerar imagens, fotos, dentre outros, com acesso facilitado às informações por parte de seus usuários (agências e operadoras de ecoturismo, visitantes, cientistas, etc.), viabilizado através do uso de softwares livres de SIG (Open GIS).



Materiais e métodos


Inicialmente procurou-se entender o funcionamento de algumas das ferramentas de SIG e de SIG-WEB para publicação livre de mapas pela rede (Open GIS e Open Consorsium), voltadas ao mapeamento de atrativos, trilhas e informações cartográficas digitais, para que fossem usados sem custos para todos os usuários da internet.


Neste intuito, houve a preocupação em se estabelecer uma metodologia que pudesse ser, futuramente adaptada e aplicada em outras áreas naturais, unidades de conservação e pólos ecoturísticos do Estado do Rio de Janeiro, para contribuir na conservação e na exploração racional e sustentável dos recursos ecoturísticos, conforme será abordado a seguir.


SIG-Livre e suas aplicabilidades


Existem dois tipos de servidores de mapas disponíveis no mercado: os comerciais e os livres (Miranda & Souza, 2003). Os produtos comerciais geralmente são oriundos de empresas tradicionais do mercado do SIG, como: Autodesk  <http://www.autodesk.com.br>, Intergraph <http://www.intergraph.com>, Sisgraph  <http://www.sisgraph.com.br>, ESRI (Environmental Systems Research Institute)  <http://www.esri.com>, entre outras. Porém, o maior entrave no uso dos produtos comerciais é o seu custo, aliado ao fato da necessidade de fidelidade que o usuário deve ter com o seu fornecedor, adquirindo novas licenças e atualizações para o seu uso.


Os produtos livres são aqueles que apresentam a facilidade de não possuírem código fonte aberto e não possuírem custos de compra, sendo apenas necessário compartilhar com a comunidade de usuários e seus criadores as funcionalidades, alterações ou criações de novas aplicabilidades de seus programas.  Por estes motivos, é que neste projeto foi priorizada a utilização de produtos livres, optando-se por dois deles: um de SIG e outro de Servidor de Mapas para a Web, dentre vários que foram encontrados disponíveis.


Os estudos de novas formas de armazenamento e registros gráficos (mapas) ou literais (textos) -além de imagens, fotos, dentre outros, com acesso facilitado às informações- atualmente vem sendo viabilizado através do uso de softwares livres (free softwares) e de código aberto para o uso de SIG (Open ou Free GIS).


A área de Geotecnologias (uso de tecnologias em geoprocessamento), durante vários anos, esteve dominada por soluções em softwares de elevado custo e formatos proprietários.  Contudo, softwares de sistema livre (SL) e código aberto estão, cada vez mais, modificando este cenário no Brasil, pois não só as empresas, mas órgãos públicos - contando com um forte apoio do Governo Federal, com a criação do “Guia Livre do Governo Federal”
<http://www.governoeletronico.gov.br/> —vêm utilizando em seus projetos softwares de SIG Livre (Free GIS)— <http://freegis.org/>.  A isenção do custo de licenciamento é apenas uma característica do SIG Livre que tem criado um ambiente ideal para a contínua expansão e melhoria dos serviços públicos, como destaca Uchoa & Ferreira (2004, p. 15):


“O rápido crescimento do SL tem ‘inundado’ o mercado com diversas aplicações em vários segmentos. Hoje quando se pensa numa solução livre para groupware, tem-se uma variedade de soluções disponíveis sem custo de licenciamento. O mesmo já está ocorrendo na área de Geotecnologias onde vários sistemas podem atender uma determinada demanda do usuário. Com vários caminhos possíveis, fica a dúvida sobre como escolher a melhor solução para uma determinada situação”.


Dois recentes movimentos mudaram este quadro abrindo possibilidades de uso e interações entre os vários sistemas, principalmente para os Sistemas de Informação Geográfica (SIG ou GIS). Estes movimentos foram: a criação do consórcio internacional Open Geospatial (OGC Open Geospatial Consortium, Inc)  <
http://www.opengeospatial.org/>, a revolução do software livre (Free Software Foundation e GPL - Gnu Public License <http://www.gnu.org/philosophy/> que rege uma grande parte dos softwares livres) e o Open Source GIS <http://opensourcegis.org/>.


O presente estudo vem apoiar o uso das tecnologias livres, não esquecendo a interoperabilidade, ou seja, sem deixar de pensar que diferentes sistemas proprietários ou livres podem interagir entre si, estando em conformidade com os pressupostos da OGC e do Open Source GIS.  Neste sentido, foram utilizados dois SIG Livres: um com aplicação SIG convencional e outro com aplicação de um “servidor de mapas” para a Internet que possibilita a interface do SIG para a Web, como veremos a seguir.



Aplicação de SIG Livre (GIS Desktop): OpenJUMP (Java Unified Mapping Platform)


O OpenJUMP
<http://openjump.org/wiki/show/OpenJUMP>, que atualmente encontra-se na sua versão 1.2B (em português) é oriunda da versão Jump i18n multilíngue desenvolvida pelo site da comunidade Jump-pilot, sendo, portanto, uma implementação da JTS (Jump Topology Suite), com grande parte das interações espaciais necessárias para um bom funcionamento de uma ferramenta GIS.  É um software GPL (Gnu Public License) inserido nos conceitos de software livre.  Por ser OpenSource pode tornar-se uma importante ferramenta GIS, como também um poderoso framework para a geração de outro desktop GIS personalizado.  Atualmente já existem diversas distribuições montadas sob a plataforma Jump, como: o Jump da SIGLE, o Jump da Agiles, JumpI18n, dentre outros, como continuidade do projeto JumpWorkbench, desenvolvido pela Vivid Solutions do Canadá, uma empresa que deu início ao projeto e desenvolveu a primeira versão do Jump.



Servidores de mapas (SIG-WEB) Livre e suas Aplicabilidades


Quanto aos servidores de mapas na Internet, existem diversos métodos para disponibilizá-los que diferem entre si.  Um deles tem relação com a apresentação e outro com a forma de execução.  A apresentação dos mapas pode ser estática ou dinâmica e cada uma destas categorias pode ainda ser subdividida em mapas “somente para ver” (view-only) e mapas interativos (Kraak, 2001 e Medeiros et al, 2005), conforme podemos observar a seguir:


a) M
apas estáticos

·       “somente para ver” - são mapas disponíveis para visualização, apenas como produtos cartográficos originais (digitalizados e inseridos na Internet em estrutura matricial), não permitindo alteração de escala e de temas a serem visualizados;

·       interativos - são também denominados mapas “clicáveis”, funcionando como uma interface para outros dados, ou seja, um clique sobre um objeto geográfico conduz a outras fontes de informação na Internet, que podem visualizar outros mapas, imagens ou até outras páginas da Web. O usuário pode executar funções como as de: zoom (aproximação e afastamento) e pan (deslocamento), além de definir conteúdos a serem exibidos na página através da troca de camadas de informação.


b) Mapas dinâmicos

·       “somente para ver” - podem ser simplesmente imagens animadas onde cada uma representa um quadro da animação, sendo continuamente disponibilizados pelo browser;

·       interativos - as informações de um banco de dados são integrados às informações de elementos gráficos em um único mapa e, através de um clique do mouse, possibilitam a obtenção desta informação sobre este elemento. Permitem também: adicionar e subtrair temas na forma de camadas para serem visualizados; localizar objetos geográficos através de seus atributos; e executar operações de zoom, através de menus interativos sobre o mapa.



Aplicação de “Servidor de Mapas”: ALOV Map (JavaTM)


O ALOV Map é um software
gratuito para uso pessoal, educacional e não comercial, mas que pode ser usado comercialmente, obrigando a obtenção de licença à Universidade de Sydney (desenvolvedora do aplicativo).


O ALOV Map é uma aplicação cliente-servidor que permite a publicação, consulta e exploração de informação geográfica vetorial e raster na Internet e permite também que sejam visualizadas camadas, legendas, pop-ups, ou até imagens. O acesso à informação é feita por browsers de Internet, com retorno de imagens raster (imagens nos formatos
GIF, JPG, MrSID, WMS-OGC) ou vetores (mapas nos formatos Shapefile, Mapinfo MIF, SQL database - Interbase, MySQL, MSSQL, Hypersonic e MIF).


Utilizando-se da maquina virtual Java para rodar os applets (aplicativos JAVA),
o ALOV Map é de simples instalação e possui ótima interação com o usuário. Uma vez carregada, a aplicação possibilita ao utilizador acessos rápidos às informações, facilidade de inserção de imagens e possui boa documentação de consulta e manual de instalação e uso via Web (HTML). Contudo, a aplicação não roda em todos os browsers: exige 128 Kps de velocidade mínima na Internet, há limitação no tamanho das imagens (máximo  de 1 Mb) e para criação de novas funcionalidades é necessário conhecimentos de Java e JavaScript.


Manipular mapas na Internet não é tão simples assim, pois não é o mesmo que manipular um SIG convencional. Os mapas na Web são para um público diferenciado, o desenvolvimento da arquitetura é diferente e outros fatores como: a segurança dos dados, a interação analista-aplicação, a gerência dos dados, a base de suporte para o sistema funcionar, os equipamentos, etc, são abordados de maneira diferente entre os dois modelos.


Basicamente são duas as formas de aplicação na Web:


a) Através do cliente (navegador) - executando-se parte da aplicação na interface do navegador (browser), onde podem existir opções para o usuário interagir com o mapa, como, por exemplo, mudar a escala a partir da seleção de determinado local no mapa a ser visualizado (uso da ferramenta de Zoom). O navegador, ao fazer essa requisição para o servidor, recebe como resposta o redesenho do quadrante correspondente à seleção da imagem na qual desejou ser ampliada, utilizando um aplicativo executado no computador chamado de applet (programa escrito na linguagem de programação Java - Flanagan, 1996; Flanagan, 1999, apud Miranda & Souza, op. cit.) ou através de um plug-in (
plugin é um programa instalado no navegador que permite a utilização de recursos não presentes na linguagem HTML, na qual são criadas as páginas, um exemplo muito comum de plugin é o Java). Embora executado pelo cliente, o applet e todos os mapas são carregados a partir do servidor para execução, pela Java Virtual Machine (JVM) do navegador.


b) Através do servidor - quando uma imagem, ou o próprio mapa, é gerado e enviado para o navegador (cliente), através do servidor, ou o chamado servlet (programa escrito em linguagem Java que é executado no servidor) ou ainda através de um Common Gateway Interface (CGI).  Este pode ser escrito em qualquer linguagem de programação (C, C++, Delphi, Visual Basic) ou por um script, como o PERL (Practical Extraction and Report Language), também executado no servidor (Felton, 1997; Hunter e Crawford, 1998, apud Miranda & Souza, op. cit.).


O ALOV Map pode ser usado de duas maneiras: cliente ou cliente/servidor. A versão cliente é um applet para visualização de dados no formato SHAPE da ESRI que, cada vez que é inicializado, permite que o servidor HTTP baixe todos os arquivos de mapas na máquina cliente, desde que se tenha cuidado com o tamanho dos arquivos, senão o tempo de transmissão se torna longo. A versão cliente/servidor do ALOV Map (usando servlet) é mais flexível (permitindo transferir dados mais rapidamente e de forma eficiente), pois os atributos espaciais são armazenados em um banco de dados SQL (Interbase ou MySQL) de acordo com padrões SFS da OpenGIS (ALOV, 2002).


Para que os mapas sejam exibidos pelo ALOV Map é preciso configurar em um arquivo escrito na metalinguagem XML (Extended Markup Language) ou chamado arquivo do projeto, composto de quatro seções: identificação, domínio, mapas temáticos e planos de informação.


No ALOV Map, optou-se pelo tipo applet, visto que o “Guia Digital” ainda não está finalizado para apresentação na rede, utilizado plenamente através de servidor, impossibilitando a publicação de todos os mapas do PEPB.


Além disso, o método de disponibilização considerado foi o estático clicável ou interativo, onde os mapas poderão ser visualizados, sendo permitidas apenas ações de: mudança de escala, navegação e consultas sobre seus atributos geográficos, conectados a uma base de dados (tabela de atributos), possibilitando apenas adicionar ou subtrair camadas (layers) geográficas aos temas visualizados. Até o fim do projeto, pretende-se finalizar o “Guia Digital” considerando o método dinâmico interativo para que o usuário avalie e troque as camadas (layers) de informação dos mapas de atrativos ecoturísticos do PEPB, associando consultas mais detalhadas sobre a base de dados através de ferramentas “query” e até a realização de cálculos estatísticos e medidas de distâncias.



Resultados alcançados


Como testes no ALOV Map, foram utilizados os mapas do município do Rio de Janeiro com a divisão de Bairros e com divisão de Regiões Administrativas –RA´s (IPP, 2001)– <http://
www.rio.rj.gov.br/ipp/>, e mapas temáticos da unidade de conservação - PEPB (Costa, 2006), ambos disponíveis no formato vetorial (linhas, polígonos e pontos).


Os mapas temáticos, definidos como planos de informação, foram os seguintes: Acessos Secundários (trilhas/caminhos/circuitos/travessias/bifurcações - linhas), Drenagem (linhas), Topográfico ou curvas de nível (linhas), Bacias hidrográficas (polígonos), Vertentes do Parque (polígonos), Pontos notáveis ou pontos culminantes/mirantes/ paradas (pontos), Nascentes de rios e córregos (pontos) e Imagem de satélite do município do Rio de Janeiro (Landsat7, 1998 e Spot 5, 2004 - formato raster).


Para cada plano de informação foi definida uma legenda. Todos os mapas estavam originalmente na escala de 1:10.000 e foram georreferenciados na projeção UTM (Universal Transversa de Mercator).  Todos os arquivos de mapas estavam na extensão tipo shape (ESRI), podendo ser visualizados através do software de SIG Open Jump, conforme mostram as figuras 2 e 3.



Figura 2. Mapa de limite dos bairros e macro-bacias hidrográficas do município do Rio de Janeiro e mapa de bacias hidrográficas do PEPB, visualizados no Open Jump.

Fonte: Elaboração própria.

 

 

Figura 3. Mapa de trilhas, drenagem e curvas de nível do PEPB (RJ), visualizado no Open Jump.

Fonte: Elaboração própria.

 


O conceito de “mapa temático” no ALOV Map não representa o mesmo conceito de “mapa temático geográfico”. Quando se escolhe um “mapa temático” no ALOV, o aplicativo não interpreta a ordem como “mostre os atributos geográficos deste tema”, mas sim “mostre a legenda associada a este tema”. Os planos de informações são os dados espaciais reais que serão mostrados no navegador e que são definidos nos planos, no arquivo de configuração XML do projeto, fazendo a ligação física destes com os mapas existentes no diretório de trabalho.


Assim sendo, na primeira seção do XML no ALOV são identificadas informações do projeto e de algumas variáveis básicas, como, por exemplo, o nome e as unidades de medidas usadas nos mapas do projeto. A segunda seção representa diferentes visões geográficas da área de trabalho (com primeiro domínio, uma visão completa do mapa e segundo domínio, de uma região do mapa). A terceira seção define os mapas temáticos.  Nessa terceira seção, os temas são confeccionados com arquivos no formato SHAPE da ESRI ou arquivos de imagens (GIF, TIF ou JPG).


Os arquivos SHAPE representam entidades espaciais de 3 formas: pontos, linhas e polígonos. No estudo em questão foram utilizados arquivos SHAPE nos três formatos possíveis. Esses arquivos são a fonte de dados espaciais reais para a confecção dos planos de informação, que irão ser mostrados no navegador. A utilização destes arquivos se da através da digitação de linhas de comando no arquivo de configuração XML, estabelecendo assim o vínculo dos mesmos com os planos de informação respectivos.    A linha de comando que estabelece esse vínculo no arquivo XML é: <dataset url="arquivo shape"/>.


Como exemplo de um tema baseado num arquivo SHAPE, podemos citar o de “Drenagem”, onde, através do formato vetorial de linhas, estão espacializados os trajetos dos cursos de água presentes na área do PEPB (figura 4).

 

 

Figura 4. Mapa de Drenagem (linhas) do PEPB, contendo o limite do PEPB (linha), visualizado no ALOV Map.

Fonte: Elaboração própria.

 


No caso de um tema baseado num SHAPE no formato de polígono, usamos como exemplo o tema das “Regiões Administrativas”, pois, neste tema, o município do Rio de Janeiro é dividido em vários polígonos, onde cada um representa uma região administrativa, divisão esta realizada pela Prefeitura da Cidade (figura 5).


 

Figura 5. Mapa das Regiões Administrativas (polígonos) do município do Rio de Janeiro, contendo o limite do PEPB (linha), visualizado no ALOV Map.

Fonte: Elaboração própria.



Por fim, como exemplo do uso do formato vetorial com representações espaciais pontuais, foi utilizado o tema “Pontos notáveis”, onde, podem ser visualizados os pontos cotados (topos de morro), as paradas e os mirantes presentes ao longo das trilhas no PEPB (figura 6).

 

 

Figura 6. Mapa dos Pontos Notáveis (pontos) do PEPB, contidos no limite do PEPB (linha), visualizado no ALOV Map.

Fonte: Elaboração própria.

 


Os temas baseados em arquivos de imagem têm um procedimento diferenciado na vinculação desta representação matricial (raster) ao plano de informação no arquivo de configuração XML. O começo do processo de vinculação dos arquivos de imagem é semelhante ao processo dos arquivos SHAPE, ou seja, ocorre pela digitação da linha de comando <dataset url="arquivo de imagem"/> no arquivo XML. Contudo, além desse procedimento se faz necessário a criação de outro arquivo XML que configure o georreferenciamento (coordenadas geográficas) da imagem, pois esta tem que conter o mesmo nome do arquivo, só diferindo as respectivas extensões.


Como exemplo de tema baseado num arquivo de imagem, utilizamos a imagem de satélite LANDSAT 7 da cidade do Rio de Janeiro, realizada no ano de 1998. Através do uso desta imagem é possível, por exemplo, se ter uma idéia do uso do solo do PEPB e de seu entorno (figura 7).  Também foi utilizada imagem de satélite SPOT 5 de 2004, cuja resolução espacial é de 2,5 km (PAN), o que facilita mais a visualiação das áreas densamente ocupadas e das áreas preservadas por vegetação de mata atlântica do PEPB.

  

 

Figura 7. Imagem do Satélite Landsat 7 (raster), contendo o limite do PEPB (linha), visualizado no ALOV Map.

Fonte: Elaboração própria.

 


Os temas também podem ser ativados simultaneamente e correlacionados as suas informações, a fim de serem visualizados pelo usuário na internet. Na figura 8 podemos notar que estão ativados, como exemplo de visualização simultânea, os seguintes temas: Limite do PEPB (linha), Vertentes (polígono), Acessos secundários (linha) e Pontos notáveis (ponto). O Alov Map demonstra desta maneira como é possível cruzar as informações de vários temas com o objetivo de se obter uma informação resultante desta sobreposição de diferentes mapas temáticos.


As informações que o usuário da internet poderá extrair sobre os diferentes mapas temáticos visualizados podem ser desde um simples conteúdo sobre a dimensão areal de uma bacia hidrográfica e o nome desta, até uma informação mais complexa, fruto da intercessão de diferentes temas, como por exemplo, selecionar o tema “Acessos secundários” e o tema das “Vertentes”, onde o usuário poderá saber quantos e quais acessos secundários se encontram em cada vertente do parque (figura 8), ou, em que vertente se concentra o maior número de acessos (trilhas, caminhos, circuitos, bifurcações, variantes e travessias) do PEPB.

 

 

Figura 8. Sobreposição de mapas temáticos: “Limite do PEPB”, “Acessos Secundários”, “Pontos Notáveis” e “Vertentes”, visualizados no ALOV Map.

Fonte: Elaboração própria.

 


Outra linha de comando presente no arquivo XML do Alov Map e que foi gerada no projeto baseia-se na “procura” de atributos dos mapas, ou seja, foi gerada, através de uma ferramenta, a possibilidade do usuário realizar uma “Consulta” às informações contidas nos mapas sem ter que clicar diretamente neles, mas apenas através da digitação do nome da entidade em uma caixa específica (figura 9).

 

 

Figura 9. Imagem mostrando a ferramenta de consulta, visualizada no ALOV Map.

Fonte: Elaboração própria.

 


Essa ferramenta consiste na possibilidade de se localizar e selecionar dados espaciais dos mapas temáticos através da digitação do nome da entidade a ser procurada no campo especificado. Ela é ativada através de linhas de comandos no arquivo pepb.html por meio de um editor de texto (figura 10). Essas linhas de comando definem a posição das caixas de diálogos e dos botões, assim como o nome da coluna que vai servir de local de procura do arquivo DBF (tabela de dados), e que faz parte do arquivo SHAPE, para que o programa Java (Applet) do Alov Map execute a função.

 

 

 Figura 10. Linhas de comando do arquivo “pepb.htlm” visualizada no software de edição de textos “Bloco de Notas” do Windows.

Fonte: Elaboração própria.



Considerações Finais


O estudo sobre mapeamento de áreas ecoturísticas, através de softwares livres, mostrado no presente trabalho, evidenciou uma das necessidades mais prementes em mapeamentos temáticos digitais que é a divulgação na internet, das informações geradas através do uso de SIG. As atividades que envolvem o turismo na natureza vêm cada vez mais se consolidando no Brasil, em especial àquelas desenvolvidas em unidades de conservação e estas devem estar preparadas para um público cada vez mais exigente e que precisa ter informações mais detalhadas sobre os seus locais de destino.


Os gestores das áreas protegidas, por sua vez, devem ter em mente que as geotecnologias vêm desempenhando um papel fundamental no manejo adequado dessas áreas, em função de um planejamento mais aprofundado, utilizando dados georreferenciados.  Torna-se necessário entender as ferramentas de geoprocessamento e, de certa forma, saber utilizar os Sistemas de Informações Geográficas, sendo um desafio aos gestores disseminar e divulgar suas ações em meios de acesso amplo, em prol da conservação da natureza.


Neste sentido, o presente estudo vem contribuir para o fortalecimento de uma política de uso de produtos livres.  Os órgãos públicos vêm encontrando, nesta possibilidade, uma grande arma contra a falta de recursos na compra de produtos comerciais que exigem alto custo de atualização de suas licenças.


A criação do “Guia Digital das Trilhas Ecoturísticas do PEPB” se constitui em um incentivo à disseminação do SIG Livre para o conhecimento geral através da Web, tanto da comunidade acadêmica, a fim desta se tornar usuária constante de seus recursos via internet, como também dos visitantes desta que é segunda mais importante unidade de conservação da cidade do Rio de Janeiro.



Agradecimentos


Ficam aqui registrados os agradecimentos à FAPERJ (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro) pelo apoio financeiro, sob a forma de Bolsa de Fixação de Pesquisador e Auxílio Instalação, fundamental à realização e continuidade do presente estudo, como também ao Grupo de Estudos Ambientais (GEA) do Departamento de Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), pelo suporte técnico e operacional para o desenvolvimento das atividades.



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© Copyright Marco Vivian Castilho da Costa, Nadja Maria Castilho da Costa y Jefferson Pereira Caldas dos Santos, 2008.
© Copyright Ar@cne, 2008.


Ficha bibliográfica:

 

CASTILHO DA COSTA,Vivian; CASTILHO DA COSTA, Nadja Maria; PEREIRA CALDAS DOS SANTOS, Jefferson. Guia digital ecoturístico para unidades de conservação brasileiras: uma proposta de divulgação e manejo através de SIG-WEB. Ar@cne. Revista electrónica de recursos en Internet sobre Geografía y Ciencias Sociales. [En línea. Acceso libre]. Barcelona: Universidad de Barcelona, nº 107, 1 de abril de 2008. <http://www.ub.es/geocrit/aracne/aracne-107.htm>.


Geocritica