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Scripta Nova
REVISTA ELECTRÓNICA DE GEOGRAFÍA Y CIENCIAS SOCIALES
Universidad de Barcelona.
ISSN: 1138-9788. Depósito Legal: B. 21.741-98
Vol. IX, núm. 194 (46), 1 de agosto de 2005

 

QUALIDADE AMBIENTAL E ADENSAMENTO URBANO NA CIDADE DE PRESIDENTE PRUDENTE/SP

 

Camargo, Carlos Eduardo Secchi

Aluno do Curso de Pós-Graduação em Geografia. Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia. Presidente Prudente, São Paulo, Brasil

E-mail: duvert@gmail.com

 

Amorim, Margarete Cristiane de Costa Trindade

Professora Doutora do Programa do Pós-Graduação em Geografia. Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia. Presidente Prudente, São Paulo, Brasil

E-mail: mccta@prudente.unesp.br


Qualidade ambiental e adensamento urbano na cidade de Presidente Prudente/SP (Resumo)

Pesquisas relacionadas ao ambiente citadino mostram a expansão urbana associada ao planejamento ineficaz como o motivo de degradação do ambiente, com interferências na qualidade de vida. Para suportar o aumento da demanda populacional, é necessária a realização de um planejamento urbano que considere os indicadores de qualidade de vida. A metodologia desta pesquisa engloba a aglutinação de dados (atributos) cartografáveis da cidade de Presidente Prudente/SP para posterior cruzamento e elaboração da Carta de Qualidade Ambiental. Densidade Populacional, Uso e Ocupação do Solo, dentre os outros atributos, são importantes no estudo da qualidade ambiental, pois interferem diretamente nas características físicas e ambientais da cidade. Resultados preliminares mostram que a cidade de Presidente Prudente/SP possui grande concentração de pessoas, que, devido a questões financeiras, se instalaram em ambientes deteriorados e de péssima qualidade ambiental, locais pobres, de baixo custo de vida e sem infra-estrutura, comprometendo a saúde e o ambiente habitado.

 

Palavras-chave: densidade urbana, qualidade ambiental, urbanização.


Environmental quality and urban densification in the city of Presidente Prudente/SP (Abstract)

Researches related to the environment city dweller shows the associated urban expansion to the inefficacious planning as the reason of degradation of the environment, with interferences in the quality of life. To endure the increase of the population demand, it has the necessity of the accomplishment of an urban planning that considers the pointers of quality of life The methodology of this research encloses the union of data (attributes) that can be mapped of the Presidente Prudente/SP city for a later combination and elaboration of the Map of Ambient Quality. Population density, Use and Occupation of the Soil, amongst the others attributes, are important in the study of the ambient quality, therefore, they intervene directly in the physical and ambient characteristics of the city. Preliminary results show that the city of Presidente Prudente/SP possess large concentration of people, that, just because financial questions, settles down in spoiled places with a very bad environment quality, poor places, of low cost of living and no infrastructure, compromising the health and inhabited places.

 

Keywords:  urban density, ambient quality, urbanization.


 

Introdução

 

A partir da década de 1960 o crescimento e o adensamento que ocorreu nas principais cidades brasileiras tem resultado em modificações do ambiente que na maioria das vezes interfere na qualidade de vida das pessoas.

 

A crescente urbanização, conforme destaca Lombardo (1985) constitui uma preocupação de todos os profissionais e segmentos ligados à questão do meio ambiente, pois as cidades avançam e apresentam um crescimento rápido e sem planejamento adequado, o que contribui para uma maior deterioração do espaço urbano.

 

Dentre outros fatores, as cidades cresceram em conseqüência do êxodo rural provocado principalmente pela mecanização da agricultura ou pela substituição das atividades agrícolas pelas pastagens. A grande quantidade de pessoas que passaram a fazer parte do contingente urbano a partir deste processo, se estabeleceu em áreas, muitas vezes, desvalorizadas e consideradas “sem utilização” e em áreas de proteção ambiental. 

 

A expansão urbana associada ao planejamento ineficaz fez com que houvesse a degradação do ambiente com interferências na qualidade de vida. As cidades possuem características específicas tais como: diferenciados usos e ocupações do solo, modificações climáticas e ambientais, que acabam por gerar um ecossistema próprio dos centros urbanos. Através disso, a cidade se mostra como uma segunda natureza, modificada pelo homem que expressa as relações sociais de um espaço produzido para se viver dentro dos parâmetros mundiais de modernização.

 

Desta forma, as cidades necessitam de um planejamento urbano adequado e que ofereça o suporte necessário ao seu crescimento, contribuindo com as necessidades básicas de qualidade de vida para a população. Assim uma proposta eficaz e rápida para o aumento da demanda populacional seria a realização de um planejamento urbano que considere os indicadores de qualidade de vida.

 

A qualidade de vida está diretamente ligada à qualidade do ambiente e para se estabelecer esta relação é necessário realizar previamente uma análise ambiental. Para se realizar esta análise ambiental deve-se levar em consideração vários elementos como, por exemplo: presença de vegetação, densidade populacional, uso e ocupação do solo, clima. Desta forma, áreas verdes, baixa densidade populacional, lotes e moradias adequadas e condições climáticas favoráveis, são de extrema relevância para se ter uma qualidade ambiental e de vida adequada (Amorim, 1993).

 

De acordo com Lombardo (1985, p. 16) a qualidade da vida humana está diretamente relacionada com a interferência da obra do homem no meio natural urbano. A natureza humanizada, através das modificações no ambiente alcança maior expressão nos espaços ocupados pelas cidades, criando um ambiente artificial.

 

Como características cada vez mais marcantes das cidades, fatores como a elevada densidade demográfica, a concentração de áreas construídas, a pavimentação asfáltica do solo e as áreas industriais podem provocar alterações no clima local, essencialmente nos valores da temperatura do ar (Lombardo, 1985, p. 27).

 

A forma como acontece o uso e a ocupação do solo urbano relacionada à disposição do relevo pode gerar significativas alterações no campo térmico urbano. Deste modo, o descontrole processual em que se dá o uso desse solo dificulta tecnicamente a implantação de infra-estrutura, produz altos custos de urbanização e gera desconforto ambiental, tanto em nível térmico, acústico, visual ou de circulação. Tudo isso contribui, de acordo com Lombardo (1985, p. 18) para uma contaminação ambiental que resulta num ambiente desagradável para o convívio humano.

 

Considera-se, de maneira geral, que a qualidade de meio ambiente constitui fator determinante para o alcance de uma melhor qualidade de vida. Assim sendo, Oliveira (1983) apud Machado (1997) salienta que a qualidade ambiental está intimamente ligada à qualidade de vida, pois vida e meio ambiente são inseparáveis, o que não significa que o meio ambiente determina as várias formas e atividades de vida ou que a vida determina o meio ambiente. Na verdade, o que há é uma interação e um equilíbrio entre ambos que variam de escala em tempo e lugar.

 

Para Machado (1997), os padrões de qualidade ambiental variam entre a cidade e o campo, entre cidades de diferentes países ou do mesmo país, assim como entre áreas de uma mesma cidade. Isso ocorre, segundo a autora, porque a qualidade do meio ambiente depende de processos nacionais, em nível urbano e rural e de políticas adotadas em todas as esferas: federal, estadual ou municipal, pública ou privada.

 

Muitos autores destacam que as variáveis utilizadas para se definir o padrão de qualidade ambiental de um determinado espaço geográfico são muito discutidas, pois o que é valorizado ou desvalorizado no meio ambiente para determinar a sua qualidade depende da concepção de cada cidadão, inclusive do pesquisador e do planejador. Dessa forma, acredita-se que não há consenso quanto à utilização de variáveis que definem a qualidade ambiental urbana, ficando o pesquisador apto a definir os atributos (ou variáveis) que permitam melhor realizar a análise do espaço geográfico em estudo.

 

Para Mota (1980, p. 22), algumas características do meio podem ser usadas como elementos que orientarão a definição dos diversos usos do solo. Por outro lado, o conhecimento dos impactos ambientais das diversas atividades em um meio urbano é importante no disciplinamento do uso do solo urbano.

 

Segundo o exemplo dado por Nucci (2001), as propostas de planejamento urbano para o município de São Paulo têm ajudado a solucionar os problemas de qualidade ambiental ocasionados pelo adensamento urbano, provocado pelas demandas sociais.

 

O adensamento significa a intensificação do uso e ocupação do solo vinculando a disponibilidade de infra-estrutura e as condições do meio ambiente. Estas características se aplicam a empreendedores que parcelam a terra com o objetivo de construir para futuramente negociar os imóveis. No caso da ocupação individual, a ausência de infra-estrutura não impede a instalação irregular de pessoas, e isto acarreta diversos problemas de ordem ambiental e sanitária que influenciam na qualidade de vida destes moradores (Nucci, 2001).

 

Mota (1999), em seus estudos sobre o planejamento municipal, diz que a política de desenvolvimento deve ser executada pelo poder público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei com o objetivo de ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade garantindo o bem estar de seus habitantes. O planejamento deve ser dinâmico e não deve se limitar à área urbana do município, mas vincular-se ao meio rural e a toda a região onde a mesma está inserida, completa o autor. Os instrumentos básicos para o planejamento municipal, segundo Ceará apud Mota 1999, são: - lei orgânica municipal; - plano diretor de desenvolvimento urbano; - plano plurianual; - diretrizes orçamentárias; e - orçamentos anuais.

 

A urbanização tem causado muitos impactos no meio ambiente, o resultado ambiental do processo de urbanização do Brasil é descrito por Mota (1999), como causador de graves mudanças ambientais seja através da utilização de recursos naturais ou pela emissão de resíduos. Ainda segundo Mota, as principais alterações provocadas pelo homem são: o desmatamento; movimentos de terra; impermeabilização do solo; aterramento de rios, riachos, lagoas, etc; modificações nos ecossistemas; poluição ambiental e alterações de caráter global como efeito estufa e destruição da camada de ozônio.

 

Cabe ao Geógrafo, realizar estudos que se referem à qualidade ambiental necessária para o desenvolvimento da vida humana, colaborando na solução dos problemas enfrentados no meio urbano. Neste sentido, a cidade deve ser vista não apenas como um mero “conjunto de edificações”, mas sim, como um fato geográfico que envolve relações físicas, socioeconômicas e políticas, que são estabelecidas e que se desenvolvem neste meio predominantemente humano.

 

Caracterização da Área de Estudo

 

O processo de urbanização ocorrido em Presidente Prudente/SP na década de 1960 redefiniu as relações ocorridas entre a cidade e o campo. O campo passou por um processo de esvaziamento populacional, principalmente devido à chegada da prática da pecuária extensiva para a região. Ao mesmo tempo em que a cidade passou por um outro processo, o de inchaço populacional, que acarretou inúmeros problemas tanto sociais como ambientais aos moradores.

 

Desta forma, o crescimento urbano de Presidente Prudente se deu a partir da migração rural - urbana e urbana - urbana e como aborda Alegre (1970, p.71),

 

Foi, certamente o café, a grande mola propulsora do desbravamento desta área, mas também o algodão e o gado têm considerável participação na história da região lembrando que uma das suas características foi o rápido crescimento que conheceu. Na década de quarenta, Presidente Prudente foi o município paulista que maior número de imigrantes nacionais recebeu. Passada a febre e a euforia de uma produção agrícola abundante, cansado o solo pouco fértil, pela ocupação intensa e dos maus tratos provenientes de uma técnica agrícola rudimentar e danosa, rendia pouco e forçava o homem a substituir as culturas, conformar-se com o pequeno ganho ou sair.

 

A cidade passou então a receber os lavradores afugentados do campo, que vieram ganhar a vida de qualquer modo. Havendo uma redefinição das relações cidade e campo.

 

Na década de 1960 a pecuária surgiu como principal atividade econômica da região, ocasionando maior acúmulo de capital. Assim, o crescimento de Presidente Prudente esteve também associado à implantação de indústrias ligadas ao gado – frigoríficos e curtumes, proporcionando o declínio da atividade agrícola, expulsando o homem do campo.

 

Com o crescimento da população urbana, as pessoas passaram a viver em péssimas condições de vida, com habitações à beira de córregos poluídos, próximas a "lixões", etc, comprometendo a saúde e o ambiente habitado.     

 

O processo de crescimento que vem ocorrendo na cidade de Presidente Prudente nas últimas décadas deu à cidade uma configuração urbana característica das principais cidades médias brasileiras. Esta configuração se mostra a favor da expansão urbana a qualquer custo, baseada na especulação imobiliária que se dá em áreas consideradas como eixo de expansão do município. No caso de Presidente Prudente, este eixo leva a cidade, a sua população e seus problemas, para a região oeste do município, devido à topografia favorável do terreno, colinas amplas e levemente convexizadas, o que facilita a implantação de loteamentos.

 

Hoje as áreas circunvizinhas a Presidente Prudente estão praticamente tomadas pela criação de gado, havendo o predomínio de extensas áreas cobertas por pastagens, caracterizando o ambiente rural prudentino.

 

Neste contexto, a cidade cujo planejamento não acompanhou o seu crescimento se vê defronte a uma concentração de pessoas, que saíram do campo em busca de uma vida melhor, e que foram obrigadas, por questões financeiras, a se instalarem em ambientes deteriorados, de péssima qualidade ambiental, locais pobres, de baixo custo de vida, sem nenhuma infra-estrutura sendo que grande parte delas vivem em péssimas condições de moradia com esgotos correndo a céu aberto, córregos completamente poluídos, lixos espalhados pelo solo, etc. (Amorim, 1993).

 

Com o crescimento aparentemente desordenado da malha urbana, que atendem aos interesses do modo de produção capitalista, surgem diversas transformações sócio-ambientais, que repercutem muitas vezes de maneira negativa na vida das pessoas. Muitas delas vivem em péssimas condições de moradia, saúde, educação, etc. O ambiente passa também a reagir contra o próprio Homem, acarretando diversos custos sociais.

 

Assim, as demandas populacionais, associadas ao caráter expansionistas de agentes imobiliários e comerciais, acabam por produzir áreas dentro do sítio urbano, com diferentes usos e ocupações.

 

O uso e ocupação do solo são aspectos do planejamento urbanístico, pois trata da forma como se organiza a cidade segundo a aplicação de instrumentos legais de controle deste aspecto. Para isso são considerados diversos tipos de fatores que influem mais diretamente nesta questão como a densidade populacional, a densidade das construções e a destinação da terra. Segundo Silva (1997) estes instrumentos legais são englobados por instituições e institutos jurídicos sob o conceito de zoneamento do solo, sendo um instrumento legal do poder público para controlar o uso da terra, as densidades de população, a localização, a dimensão das construções e seus usos específicos em prol do bem estar geral.

 

Silva (1997) afirma que o zoneamento consiste na repartição do território municipal à vista da destinação da terra, uso do solo ou das características arquitetônicas. No que se refere ao aspecto da destinação da terra o município se dividirá em zona urbana, zonas urbanizáveis, zonas de expansão urbana e zona rural, definindo assim as qualificações urbanísticas do solo, que se destina aos principais usos como o uso residencial, o uso industrial, o uso comercial, o uso de serviços, o uso institucional, o uso viário e o uso especial.

 

Ainda segundo este autor, em uma cidade desordenada esses usos desenvolvem-se promiscuamente, com grande prejuízo ao bem estar da população. Isto explica por que o urbanismo propõe “zonificar” os aglomerados urbanos, conjuntamente com o campo, estabelecendo zonas de uso mais ou menos separadas. Portanto, o planejamento urbanístico é de suma importância para o crescimento e desenvolvimento das cidades com um uso e ocupação do solo ordenado, a fim de que estas não se tornem conglomerados com altas densidades populacionais e de construções.

 

Com este estudo, pretendeu-se compreender em que medida o adensamento urbano, através dos diferentes tipos de uso e ocupação do solo, é responsável pela qualidade ambiental na cidade de Presidente Prudente. Assim sendo, tem-se a possibilidade de fornecer subsídios para a elaboração de políticas de gestão ambiental urbana junto aos órgãos públicos municipais de planejamento.

 

Desta forma a importância de estudos dessa natureza está em viabilizar o maior conhecimento sobre o planejamento urbano de Presidente Prudente e auxiliar na melhoria da qualidade de vida da população.

 

 

Procedimentos Metodológicos

 

A metodologia utilizada neste trabalho se baseia nos procedimentos utilizados por Nucci 2001, que elaborou uma “Carta de Qualidade Ambiental” para o Distrito de Santa Cecília/SP. Essa metodologia tem como principal ferramenta à espacialização dos atributos ambientais para posterior análise sistêmica. A preocupação é, portanto, aglutinar o máximo de dados cartografáveis da área em estudo para posterior cruzamento e elaboração de uma carta de qualidade ambiental.

 

Conforme destaca Nucci (2001), o método proposto para análise da qualidade ambiental trabalha com inferências, com base nas informações detalhadas sobre o uso do solo urbano, já que vários autores relacionam sempre a qualidade das variáveis do ambiente com o tipo de utilização do solo. Esse método tem como base geral os estudos realizados em Ecologia e Planejamento da Paisagem, que pode ser entendido como uma contribuição ecológica e de ordenamento para o planejamento do espaço, onde se procura regulamentar os usos do solo e dos recursos ambientais, salvaguardando a capacidade dos ecossistemas e o potencial recreativo da paisagem, retirando-se o máximo proveito do que a vegetação pode fornecer para a melhoria da qualidade ambiental.

 

Devido à abordagem sistêmica de dados cartografáveis, este estudo não tem valor quantitativo, os atributos são analisados qualitativamente de forma relativa, ou seja, cada atributo terá o mesmo peso que o outro. Uma área caracterizada como sendo de baixa qualidade ambiental terá uma quantidade maior de atributos associados a elas. Outra área com boa qualidade ambiental terá pouco ou nenhum atributo associado.

 

As cartas não são sobrepostas de uma só vez, desse modo são geradas sínteses parciais para a análise, conforme metodologia utilizada por Nucci. Por exemplo, sobrepõe-se a carta de densidade populacional com a carta de uso e ocupação do solo gerando assim uma terceira carta a qual é sobreposta a carta resultado da sobreposição entre as cartas de ausência de áreas verdes e isotermas, e assim sucessivamente até se chegar ao resultado final a partir da análise deste processo.

 

Os atributos escolhidos para esta análise estão intimamente ligados à baixa ou alta qualidade ambiental de um determinado lugar, por isso sua indicação tornou-se necessária. Densidade Populacional, Uso e Ocupação do Solo, Pontos de Enchentes dentre os outros atributos são características importantes no estudo da qualidade ambiental, pois interferem diretamente nas características físicas da cidade e na capacidade de uma área ser adensável ou não. Em poucas palavras, o adensamento urbano é a intensificação do uso e ocupação do solo e, sua desvinculação com a disponibilidade de infra-estrutura pode gerar grandes problemas para o meio ambiente e para as pessoas que vivem nele. Portanto, uma área sem impedimentos para o adensamento é caracterizada pela presença de infra-estrutura e respeito às leis e limites ambientais.

 

Foram utilizados softwares para desenhar, espacializar e sobrepor as cartas de atributo. Para o desenho e sobreposição das cartas, foi utilizado o software gráfico CorelDRAW[i] que trabalha com um sistema de camadas que serão úteis no processo de sobreposição virtual das cartas. Para a espacialização da temperatura, foi utilizado o software de interpolação de dados Surfer[ii], que utiliza coordenadas geográficas X e Y para gerar as cartas.

 

 

Resultados e Discussões

 

A cidade de Presidente Prudente no decorrer dos anos teve seu crescimento direcionado para a porção oeste da malha urbana. Este direcionamento foi ocasionado pelo relevo plano e pouco acidentado, que facilitou a implantação de conjuntos habitacionais e a criação de áreas de especulação imobiliária, que foram sendo habitadas. O eixo de expansão urbana da cidade, como dito, é direcionado principalmente para oeste, mas a cidade também apresenta sinais de expansão para as direções noroeste e sudoeste. A região leste da cidade teve seu crescimento prejudicado devido ao desenho do relevo que, ao contrário do eixo de expansão, é acidentado e com muitas ondulações, o que onera a implantação de construções e conseqüentemente o crescimento para este lado da cidade.

 

A cidade no início de sua história ocupou o espigão divisor de águas localizado onde hoje é a Estação Ferroviária e suas proximidades, na região leste do município. Esta característica da cidade de surgir em um espigão com a linha férrea separando o que hoje é a zona leste, do restante da cidade, também influiu para que a expansão e o adensamento urbano ocorressem para oeste. Essa situação fez com que, em contrapartida, na direção leste, a cidade crescesse pouco, atualmente contando com apenas alguns bairros, em sua maioria formados no início da história do município.

 

Um outro fator que concentrou o adensamento urbano da cidade a oeste, é definido por Jacobs (2000) como as zonas de fronteiras. Segundo esta autora, zona de fronteira é o perímetro de um uso territorial único de grande proporção.

 

Camargo e Menotti, 2002, tratam deste assunto afirmando que “estas áreas geralmente criam bairros decadentes e, por conseqüência, uma fronteira social. No caso da zona leste da cidade de Presidente Prudente, os bairros situados do outro lado da linha, ficaram marginalizados social e economicamente. Isso ocorre por um problema básico, as fronteiras costumam configurar a cidade de maneira a gerar becos sem saída para a maioria das pessoas que utilizam as ruas, formando “hiatos” de usos em suas redondezas. Desta forma, quanto mais estéril essa área simplificada se torna para empreendimentos econômicos, menor será a quantidade de usuários, e mais improdutivo será o próprio lugar, gerando um processo de desconstrução ou deterioração da área”. (Camargo e Menotti, 2002, p.25)

 

Esta facilidade natural em expandir-se para oeste, Figura 1, fez com que a cidade crescesse rapidamente sem muita preocupação com o planejamento ambiental e urbano das áreas construídas. Isso fez com que diversas áreas da cidade ficassem prejudicadas em questões importantes como, por exemplo, no uso e ocupação do solo e na não efetivação de áreas verdes como tal, a fim de serem aproveitadas como deveriam. Estas questões, quando analisadas de forma conjunta, nos mostram várias situações em que certos tipos de uso do solo que necessitam de cobertura vegetal, devido as suas características, mas são deficientes neste ponto, causando assim diversos tipos de desconfortos, tanto térmicos como ambientais e também sociais.

 

A partir da Planta 2004 de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo da Prefeitura Municipal de Presidente Prudente, os diversos tipos de uso e ocupação do solo que caracterizam a cidade, retratam um ambiente tipicamente citadino dividido em seis Zonas Residenciais (ZR’s), três Zonas de Comércio e Serviços (ZCS’s), duas Zonas Industriais (ZI’s) e diversas Zonas de Preservação e Proteção Ambiental (ZPPA’s). Estas áreas estão irregularmente distribuídas em toda a extensão urbana do município, sendo que grande parte é constituída pelos seis tipos de ZR’s, com algumas ZCS’s, ZI’s e ZPPA’s no entorno da cidade e em alguns bairros. As ZR’s variam desde de algumas poucas zonas com baixa densidade populacional e ocupação horizontal, no centro-sudoeste e sul, até ZR’s de alta densidade populacional e ocupação vertical no centro-leste, centro-norte, centro-nordeste e oeste da área urbana do município, sendo que grande parte da cidade é formada ZR’s de média densidade populacional com ocupações horizontais e verticais de dois pavimentos.

 


Figura Nº1

Evolução e crescimento para Oeste da cidade de Presidente Prudente/SP

 

                                                                                                         Fonte: Adaptado de Leal, 2002.

 

 

Essa pequena descrição dos tipos de usos e ocupação do solo caracteriza Presidente Prudente como uma cidade média típica e, também, traz consigo os problemas de centros urbanos deste porte como poucas áreas verdes efetivadas, mau planejamento, excessivo adensamento urbano, desconforto térmico, pontos de enchentes entre outros males característicos de diversas cidades na faixa dos 200.000 habitantes.

 

Comparando a carta de uso e ocupação do solo com a carta de áreas verdes da cidade, notamos que, com exceção da parte nordeste, os diversos pontos de concentração das áreas verdes estão localizados em ZR’s de baixa é media densidade populacional de ocupação vertical e horizontal de até dois pavimentos. Esta vegetação, em grande parte rasteira, é formada por 147 locais espalhados pela cidade que, segundo Amorim 2000, é constituída de praças e alguns parques urbanos.

 

Ainda segundo esta autora, há diversas áreas destinadas à arborização e ao lazer, mas o problema está nas condições em que estas áreas se encontram, pois, na maior parte das vezes houve apenas a destinação para tais fins e não a efetivação, sendo que em diversas áreas o verde ainda não existe e o suporte para o lazer da população não foi implantado. A vegetação primária da cidade de Presidente Prudente não é mais encontrada no município devido a diversos fatores típicos de uma cidade em expansão, como, por exemplo, o desmatamento para a construção de conjuntos habitacionais, existindo apenas alguns pontos florestados não originais caracterizados como ZPPA’s.

 

Afirmando isso, chegamos à conclusão que se as poucas áreas verdes existentes no município se localizam nas ZR’s de baixa e média densidade populacional, as ZR’s de alta densidade populacional, que devido as suas características necessitariam mais deste atributo, são deficientes neste quesito. A partir da comparação da carta de uso e ocupação do solo com a carta de áreas verdes da cidade percebemos esta realidade, lembrando que

“a cobertura vegetal é de fundamental importância para que haja um equilíbrio entre o solo e o clima, interferindo tanto no processo de absorção e escoamento das águas pluviais, como minimizando as altas temperaturas, tendo assim, um efeito positivo no balanço microclimático. Além disso, deve-se considerar o papel que a cobertura vegetal exerce na diminuição das enchentes, um grave problema que provoca transtornos à população”. (Amorim, 2000, p.303).

 

A impermeabilização do solo acarreta diversos problemas tanto relacionados ao escoamento e infiltração da água da chuva como ao conforto térmico. Diversas cidades médias do porte de Presidente Prudente possuem problemas com o acúmulo das águas pluviais em épocas de chuva intensa, e isso é ocasionado principalmente pela impermeabilização quase que total de quintais e áreas públicas como as quadras poliesportivas e centros de lazer.

 

As enchentes são conseqüência do mau planejamento das áreas de fundo vale, muito comuns em qualquer cidade, que são urbanizadas com a canalização dos córregos simplesmente com fins estéticos. Dificilmente há algum tipo de planejamento por parte das autoridades competentes para o aproveitamento dessas áreas como pontos de infiltração para a água da chuva, com a restauração de tais áreas e o trato no sentido de deixá-las com um aspecto agradável para a população. Muitas vezes, os fundos de vale se tornam depósitos irregulares de lixo e entulhos, fazendo com que a população local reivindique sua urbanização com o intuito de sanar um problema, mas criando um outro de proporções bem maiores.

 

Presidente Prudente já teve, e ainda tem, muitos problemas relacionados a enchentes em épocas de fortes chuvas, áreas como o Parque do Povo, o estacionamento do Prudenshopping, Avenida Tancredo Neves e Avenida Manoel Goulart são potenciais pontos de enchentes na cidade, pois estão em cima de córregos de grande vazão, e, devido a isso, a Prefeitura Municipal vem tomando providências no sentido de aumentar a capacidade dos tubos a cada novo rompimento provocado por chuva mais intensa. Mas isso são apenas medidas paliativas para um problema maior, que é o desrespeito ao curso natural do rio de sua área de vazão. Excetuando o Parque do Povo, que está em uma ZR de baixa densidade populacional de ocupação horizontal, todos estes pontos citados localizam-se, ou fazem parte em sua extensão, de ZR’s de alta densidade populacional de ocupação vertical e horizontal de até dois pavimentos, mostrando que muitas pessoas são prejudicadas a cada forte chuva que ocorre na cidade.

 

Outro problema enfrentado em Presidente Prudente devido a ações como a impermeabilização de extensas áreas na cidade e, a não efetivação das áreas verdes para que estas possam ser usadas como tal, é o desconforto térmico ocasionado pelas altas temperaturas. Na Figura 2, temos como exemplo uma carta de isotermas da cidade que mostra as áreas com alta densidade populacional e de construções como o Centro, e os bairros Jardim Aviação e Parque Cedral com temperaturas bem acima do ponto menos quente registrado, no Parque do Povo.

 

Estes dados, associados com a carta de áreas verdes, mostram o quão importante é a efetivação das áreas verdes na cidade. O ponto menos quente citado é a maior área verde da área urbana, o que contribui para ser um lugar de temperatura mais amena e agradável, tanto localmente como em seu entorno mais direto. Estes dados mostram que a presença da vegetação é responsável pelo conforto térmico com a amenização da temperatura local, melhorando sensivelmente o micro-clima, o que influi diretamente na qualidade de vida da população.

 


Figura Nº2

Carta de Isoterma da cidade de Presidente Prudente/SP

 

 

Fonte: Amorim, 2000.

 

 

Após a análise dos dados diretamente relacionados ao ambiente citadino de Presidente Prudente, passaremos a analisar quais são as conseqüências disso na população com a Análise Espacial da Exclusão Social da cidade. Segundo dados do Conjuntura Prudente, 2002, observa-se na Figura 3 uma expressiva área de inclusão social na porção central e sul da cidade, onde as variáveis analisadas não registraram situações de risco, privação, precariedade e exclusão. Já as áreas de alta exclusão social localizam-se quase que integralmente nas periferias noroeste, norte e leste da cidade. Esta situação pode ser explicada juntamente com as informações já mencionadas, de que a cidade cresce para o oeste, ou seja, o rápido crescimento gera altas concentrações populacionais com pouca ou nenhuma infra-estrutura, acarretando ambientes de péssima qualidade de vida.

 

Grande parte dos “elementos negativos” deste trabalho, como as altas densidades populacionais, o desconforto térmico, a não efetivação ou a completa ausência de áreas verdes, extensas áreas impermeabilizadas, pontos de enchentes, etc. estão localizadas na periferia da cidade, que infelizmente, também abriga a população mais carente e desprovida de recursos financeiros para melhorar de vida com uma possível mudança para um ambiente menos degradado e de melhor qualidade de vida.

 

Figura Nº3

Análise Espacial da Exclusão Social em Presidente Prudente/SP

 

Fonte: Conjuntura Prudente, 2002.

 

A associação e análise destes dados mostram a necessidade de políticas públicas que tenham como objetivo um desenvolvimento que privilegie não somente o lucro, como a especulação imobiliária e a construção de conjuntos habitacionais em áreas sem uma infra-estrutura natural que comporte tal empreendimento, mas que leve em consideração principalmente o ambiente, pois, como visto, este tem influência direta na população urbana que em muitos casos não passa de um mero personagem num jogo de forças e poder.

 



Notas

 

[i] CorelDRAW é marca registrada Corel Corporation.

 

[ii] Surfer é marca registrada Golden Software.

 

 


Bibliografia

 

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© Copyright Carlos Eduardo Secchi Camargo y Margarete Cristiane de Costa Trindade Amorim, 2005

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Ficha bibliográfica:

CAMARGO, C.; AMORIM, M. Qualidade ambiental e adensamento urbano na cidade de Presidente Prudente/SP. Scripta Nova. Revista electrónica de geografía y ciencias sociales. Barcelona: Universidad de Barcelona, 1 de agosto de 2005, vol. IX, núm. 194 (46). <http://www.ub.es/geocrit/sn/sn-194-46.htm> [ISSN: 1138-9788]

 

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