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LABORATÓRIO
DE DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIAS SOCIAIS
Prof.
Dr. Eduardo José Fernandes Nunes
Universidade
do Estado da Bahia
Laboratório
de desenvolvimento de tecnologias sociais (Resumo)
O Laboratório de
Desenvolvimento de Tecnologias Sociais localiza-se na região de estudo, Mata
Escura, Salvador, Bahia. Desenvolve projetos tecnológicos de recuperação de
áreas degradadas urbanas, utilizando uma metodologia participativa, estimulando
a integração dos diversos atores sociais locais, através da formação de
parcerias com as universidades e empresas. O Laboratório está estruturado em
três linhas de pesquisa: 1) infra-estrutura sócio-ambiental, 2) educação e
território, 3) planejamento urbano. O Laboratório de tecnologias sociais
articula-se através do estabelecimento de uma rede composta por duas
universidades (UNEB, Unifacs), organizações governamentais e não-governamentais
e empresas visando o desenvolvimento sócio-ambiental da região. A equipe do
laboratório é formada por doutores das universidades, mestrtes, estudantes de
pós-graduação e graduação das diversas áreas (arquitetura, urbanismo,
sociólogos, geógrafos, pedagogos, economistas, engenheiros, advogados). A
participação comunitária é estimulada através da criação de um fórum de
discussão abordando as principais áreas temáticas, principalmente sobre a
problemática sócio-ambiental da região, buscando apontar soluções para os
problemas locais através da construção de uma Agenda 21 para a viabilização da
sustentabilidade local.
Palavras
chave: Laboratório de
Desenvolvimento de Tecnologias Sociais, metodologia participativa, Salvador,
Bahia
Laboratory
of development of social technologies (Abstract)
The Laboratory of Development of Social
Technologies bes situated in the region of study, Dark Bush, Salvador,
Bahia. It develops technological
projects of recovery of degraded areas urban, using a participative
methodology, stimulating the integration of the diverse local social actors,
through the formation of partnerships with the universities and companies. The Laboratory is structuralized in three
lines of research: 1) partner-ambient
infrastructure, 2) education and territory, 3) urban planning. The Laboratory of social technologies is
articulated through the establishment of a composed net for two universities
(UNEB, Unifacs), governmental and not-governmental organizations and companies
aiming at the partner-ambient development of the region. The team of the laboratory is formed by
doctors of the universities, mestrtes, students of after-graduation and
graduation of the diverse areas (architecture, urbanism, sociologists,
geographers, economists, engineers, lawyers).
The communitarian participation is stimulated through the one creation
fórum of quarrel approaching the main thematic areas, mainly on problematic the
partner-ambient one of the region, searching to point solutions with respect to
the local problems through the construction of an Agenda 21 for the viability
of the local sustentabilidade.
Keywords: Laboratory of
Development of Social Technologies, participativa methodology, Salvador, Bahia
Introdução
Este trabalho tem como objetivo apresentar
as atividades do Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Sociais,
realizadas por professores, pesquisadores e alunos da Universidade do Estado da
Bahia e da Universidade de Salvador juntamente com os atores locais. Dentro de
uma perspectiva crítica, o laboratório entende a sociedade contemporânea
marcada pelo signo da desigualdade social, dos preconceitos culturais e da
violência contra a natureza.
Salvador é uma cidade do Nordeste
brasileiro, capital do Estado da Bahia, possui 2,5 milhões de habitantes numa
superfície de 306 km². Desse total, cerca de 1 milhão de pessoas
aproximadamente têm idades entre 0 e 20 anos caracterizando uma população
bastante jovem com necessidades prementes de educação, saúde e formação
profissional. Com uma população economicamente ativa de 1,693 mil indivíduos em
janeiro de 2005, Salvador apresenta um alto número de desempregados, cerca de
420 mil pessoas. Esta população economicamente ativa tem maior predomínio no
setor de serviços, sendo muito pequeno as pessoas dedicadas às atividades de
agricultura.
Localizada numa península que avança por
sobre o oceano atlântico, constituindo-se em uma das extremidades da baía de
Todos os Santos, Salvador, nessa configuração, possui melhor infraesturura
social e física nos bairros localizados ao longo da orla norte da cidade; à
medida que vai entrando para o interior do município, as características de uma
urbe vão desaparecendo, dando lugar a zonas extremamente carentes, apresentando
a grande face desumanizada da cidade.
Por ser a capital do Estado, além do poder
público municipal concentra também, as funções administrativas do poder
estadual e algumas do poder federal para o Estado da Bahia. Por sua importância
histórica, Salvador, conserva em algumas áreas do centro da cidade, uma
arquitetura colonial fruto do período escravista implantado pelos portugueses.
Sendo a principal sede da coroa portuguesa aqui no Brasil, a cidade centralizou
o tráfico de escravos, tornando-se um dos principais portos de tráfico
internacional de povos africanos, vindos principalmente da costa do Benin,
Nigéria e também de Angola (Verger; Bastide; Luz). Nesse contexto, a cidade
apresenta o maior contingente de afro-descendentes do Brasil.
O Laboratório de Desenvolvimento de
Tecnologias Sociais atua de forma integrada, realizando pesquisas e
intervenções urbanas na periferia da cidade, em áreas de grande importância
histórica, ambiental e cultural. Na área de atuação do laboratório, estão
localizados antigos terreiros de candomblé oriundos de quilombos, em meio a uma
vegetação de Mata Atlântica. Na área de intervenção do laboratório, além da
importância cultural e ambiental, há uma represa, construída no início do
século XX, voltada para abastecimento de água para uma parte da cidade
projetada pelo Engenheiro Teodoro Sampaio. Desde alguns anos a represa está
completamente assoreada e poluída pelos esgotos urbanos.
A ocupação desordenada e a construção de
vários conjuntos habitacionais populares no entorno dessa área verde nos
últimos 30 anos foi, pouco a pouco, devastando a reserva de mata atlântica e
contaminando os mananciais hídricos que formam as antigas represas do Prata e
da Mata Escura, sub-bacias do rio Camurujipe (Foto 1).
Atualmente, o laboratório vem desenvolvendo
uma Agenda 21 local, realizando pesquisas e mobilizando a população para
resistirem contra a devastação indiscriminada que vem ocorrendo de forma
intensa nos últimos anos e estabelecendo parcerias na tentativa de captar
recursos para despoluição das represas e nascentes, recuperação da mata,
construção e melhoria de habitações no entorno, além de projetos de
desenvolvimento social, formação e capacitação de jovens em informática, arte,
e cursos profissionalizantes.
Objetivos do Laboratório
O Laboratório
de Desenvolvimento de Tecnologias Sociais formado pelos Grupos de Pesquisas em
Desenvolvimento de Tecnologias Sociais do Programa de Pós-Graduação
Objetivos
Específicos
Através de um planejamento participativo e da
realização da Agenda 21 Local pretende-se:
·
Elaborar o projeto urbanístico e arquitetônico
do parque e de seu entorno;
·
Implantar o núcleo de educação ambiental
integrando as universidades, as comunidades e as empresas;
·
Realizar diagnósticos sócio-econômicos da
sub-bacia;
·
Realizar estudos de recuperação de Represa do
Prata;
·
Realizar estudos sobre a memória da região;
·
Implantar ações de inclusão social.
A importância da
Cooperação Acadêmica entre Universidades está sendo cada vez mais estimulada
pelas políticas da pós-graduação no país. As parcerias públicas e privadas
tornam-se um desafio na sociedade moderna na construção de redes de
solidariedade com capacidade de intervir na realidade social. Nesse sentido, os
Programas de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade do Departamento de
Educação do Campus I da UNEB e o Programa de Pós-Graduação
A missão do Laboratório
é articular as demandas sociais da comunidade, através do desenvolvimento de
projetos científicos e sócio-culturais, com o apoio do setor público e
privado.
Desigualdades sócio-espaciais urbanas
Do ponto de
vista científico, inúmeros trabalhos estão sendo desenvolvidos sobre cidades
sustentáveis. No século XX, o novo modo de vida urbano suscitou grandes transformações
nas cidades e configurou modelos urbanísticos pautados no espírito
técnico-industrial, comandados por experts da área de engenharia e
arquitetura. A crítica aos urbanistas, a partir dos anos 1960, fez surgir novas
perspectivas sobre a relação entre a teoria e a prática, e a buscar novas
idéias sobre a possibilidade de desenvolvimento de um urbanismo e arquitetura
comunitários em oposição ao urbanismo dos técnicos governamentais. Nos anos
1990, as novas propostas de planejamento social participativo propunham a
realização de reuniões com os moradores para definir como intervir sobre o
espaço social nos bairros periféricos. Na atualidade, buscam-se modelos
participativos de intervenção que possam responder a essa intrigante equação do
mundo pós-moderno de integrar crescimento, equidade e meio ambiente (HALL,
1998).
Compreendendo a intervenção urbana como sendo fruto de um trabalho
pluridisciplinar, atuando sobre uma realidade bastante complexa, Ballesteros
(1995) aponta para o surgimento de novas perspectivas no estudo da cidade. A
crise econômica agrava as desigualdades sócio-territoriais e surgem assim novas
inquietudes, produzindo um equipamento seletivo do território, tanto pela
inversão seletiva dos recursos privados, como pela restrição como conseqüência
da crise, nos equipamentos públicos destinados a re-equilibrar as cidades e,
por fim, o território.
Manuel
Castells (2000) [1]
assinala que o modelo de uma cidade dual, onde o espaço social dividiu-se em
dois territórios de forma polarizada, apresentando em seu território
residências suntuosas e residências miseráveis sem nenhum tipo de comodidade
possível, provocou a concentração espacial da miséria tendo como resultado a diminuição
do estado social, a desregulamentação da economia e a precarização do emprego.
Wacquant (2001) acrescenta que os países industrializados da América do Sul,
África do Sul e da Ásia sofrem de dois problemas principais geradores da
miséria: a escassez do trabalho industrial e os novos empregos precários que
não oferecem estabilidade social. Para interromper esse processo é preciso
buscar alternativas novas que possam transformar essa realidade.
Sabatini
(1997)[2]
discute o avanço do panorama político na América Latina com o despertar da
sociedade civil e o aumento dos conflitos ambientais entre a população e
projetos de alto impacto sócio-ambiental no território.
Castells
(2000) põe em relevo o potencial transformador do
movimento ambientalista, o papel da ciência e da tecnologia, a vinculação entre
movimento ambientalista e lutas sociais.
Em
suas próprias palavras:
As
ações coletivas, políticas e discursos agrupados sob a égide do ambientalismo
são tão diversificados que se torna praticamente impossível considerá-lo um
único movimento. Todavia, sustento a tese de que é justamente essa dissonância
entre teoria e prática que caracteriza o ambientalismo como uma nova forma de
movimento social descentralizado, multiforme, orientado à formação de redes e de
alto grau de penetração.
Castells
sustenta ainda que existe uma relação direta entre o discurso apresentado pelo
movimento ambientalista e as novas dimensões da estrutura social surgida a
partir dos anos 1970. Dentre essas, destacam-se a importância da ciência e da
tecnologia para a economia e a sociedade, a transformação do espaço e do tempo
e o papel da mídia na dominação da identidade cultural.
Ocorreu
na metade do século XX uma espécie de obrigação política e moral da parte dos
governos e dos cidadãos das nações já desenvolvidas chamadas de primeiro mundo
para com os países chamados de terceiro mundo. Além disso, esse modelo
desenvolvido do primeiro mundo torna-se o modelo a imitar em escala mundial
(BRETÓN; GARCÍA; ROCA: 1999)[3].
Contreras
(1999: 14), mostra como foi elaborada uma reflexão sobre a construção social do
conceito de subdesenvolvimento e o discurso do desenvolvimento. Sugere uma luta
contra a assimilação linear do desenvolvimento ao crescimento econômico,
desprezando modos de vida, formas de organização social e culturas que foram
historicamente desprezadas.
Após
a Segunda Guerra Mundial, quando se inicia o processo de descolonização emerge
como categoria política e social, uma nova entidade denominada de 3º mundo,
entendida como atrasada e subdesenvolvida por isso determinava a necessidade de
dirigi-la para o progresso e modernização (p.21).
A
idéia de desenvolvimento foi fazendo fortuna, segundo Contreras. Como hoje é
utilizado o de desenvolvimento sustentável. Em nome do desenvolvimento,
associado à riqueza, bem-estar, industrialização, foram realizadas uma série de
estratégias e intervenções de todo tipo com a idéia de mudar sociedades alheias
consideradas como anomalias históricas.
A
era do desenvolvimento universal em extensão planetária ocorreu apenas a meio
século. As formas de dominação foram impulsionadas e recebem apoio de formações
ideológicas, de discursos que concluem que certos territórios e pessoas
requerem ser dominados e necessitam de intervenção.
O
autor considera que o discurso do desenvolvimento obedece regras definidas por
experts, elaboradas por tecnocratas, especialistas, governos e instituições que
se expressam na linguagem da economia e da racionalidade tecno-ceintífica e
exercem relações de poder (p.27).
A
partir dos anos 50 recebe notoriedade o conceito de desenvolvimento. No
capítulo IX da carta das Nações Unidas estabelece o compromisso dos membros da
organização de impulsionar o desenvolvimento econômico e social de todos os
povos e nações. Com a emergência deste conceito coincide com o surgimento como
categoria política e social do chamado 3º mundo, isto é, o subdesenvolvimento.
A
modernidade e a modernização eram as únicas forças capazes de destruir
supertições e relações sócio-culturais e políticas arcaicas (p. 43). Na verdade
o sonho do progresso constituiu-se em pesadelo pelo fracasso das políticas de
desenvolvimento. A idéia de desenvolvimento como ferramenta básica das
políticas de sujeição e submetimento do sistema mundial e instrumento de dominação
do 3º mundo.
A
invenção do desenvolvimento: “A ciência e a tecnologia desempenham, com efeito,
um papel extraordinariamente relevante na elaboração e legitimação do discurso
do desenvolvimento” (p. 48). A economia do desenvolvimento constitui-se em
especialidade acadêmica, métodos, medição e avaliação, conhecimento
profissional. O desenvolvimento concebido como transferência tecnológica e de
capital.
Espacialização do
Patológico: desenvolvimento e poder
As
novas instituições do desenvolvimento constroem a pobreza. O pobre passou a ser
considerado como o desnutrido, o analfabeto e o subdesenvolvido. Em 1948 o
Banco Mundial instituiu a renda anual per capta de 100 dólares, com isso 2/3 da
humanidade foram considerados pobres (p.51). Para esse autor, o 3º mundo é uma
construção social. Desconstrução e reconstrução são processos simultâneos.
Desconstruir o desenvolvimento e permitir o retorno dessas sociedades a verem
seu próprio futuro (p.56).
Griffin
(2001)[4],
assinala que a moderna teoria econômica do desenvolvimento remonta a 1940. Esta
economia está baseada no enriquecimento material, isto é, do incremento do
volume de produção de bens e serviços. A teoria utilitarista baseia-se na idéia
de que o bem estar geral da população ocorreria pelo crescimento do produto
Interno Bruto, per capta, o aumento do produto agregado acabaria com a pobreza.
O
crescimento econômico converte-se no principal meio para atingir o
desenvolvimento. Maior produto interno bruto, menor pobreza. Nos anos 80, o
objetivo do desenvolvimento era propiciar que as pessoas disponham de uma gama
maior de opções, que possa fazer mais coisa, ter uma vida mais longa, transpor
enfermidades evitáveis, ter acesso à reserva mundial de conhecimentos (p.26).
Segundo este autor, “Muitos estudos empíricos demonstraram que o gasto em
educação acaba produzindo rendimentos econômicos tanto ou mais altos que os que
obtem-se com a inversão em capital físico” (p.27).
Esclarece
também Griffin:
Mas
o conceito de formação de capital humano excede o mero gasto em educação para
abarcar também o gasto em investigação e desenvolvimento – geradores de novos
conhecimentos e novas tecnologias -, o gasto na provisão de serviços básicos de
saúde, em programas de alimentação e na provisão de serviços de planejamento
familiar. Isto é, que a inversão em seres humanos sob todas essa formas resulta
igualmente produtivo, tanto se a meta é o aumento do produto nacional como a
potenciação das capacidades humanas (p.27).
Para
ele, o desenvolvimento deve estar centrado na pessoa, em detrimento da visão
centrada no desenvolvimento de bens de consumo. Acrescenta ainda: “o paradigma
do desenvolvimento humano simpatiza com as políticas redistributivas e favorece
muito especialmente uma distribuição eqüitativa dos recursos produtivos” (p.
39).
Desse modo,
o laboratório pretende contribuir com a elaboração de estudos e pesquisas que
possibilitem o desenvolvimento territorial, local e sustentável. Os projetos
desenvolvidos no Laboratório Avançado de Tecnologias em Desenvolvimento Social
utilizarão uma metodologia de intervenção sócio ambiental que poderá ser
utilizada em outras áreas urbanas.
Metodologia
O Laboratório de
Desenvolvimento de Tecnologias Sociais localiza-se na região de estudo no
bairro da Mata Escura. Desenvolve projetos tecnológicos de recuperação de áreas
degradadas urbanas, utilizando uma metodologia participativa, estimulando a
integração dos diversos atores sociais locais, através da formação de parcerias
com as universidades e empresas.
O Laboratório está
estruturado em três linhas de pesquisa: 1) infra-estrutura sócio-ambiental, 2)
educação e território, 3) planejamento urbano. O Laboratório desenvolverá
tecnologias sociais através do estabelecimento de uma rede composta por duas
universidades (Unifacs, UNEB), organizações governamentais, não-governamentais
e empresas visando o desenvolvimento sócio-ambiental da região. A equipe do
laboratório será composta por doutores das universidades, mestrandos e
graduandos das diversas áreas (arquitetura, urbanismo, sociólogos, geógrafos,
pedagogos, economistas, engenheiros, advogados).
A participação
comunitária será estimulada através da criação de um fórum de discussão
abordando as principais áreas temáticas, principalmente sobre a problemática
sócio-ambiental da região, buscando apontar soluções para os problemas locais
através da construção de uma Agenda 21 para a viabilização da sustentabilidade
do parque socioambiental Pierre Verger.
Resultados
Parciais Esperados
·
Criação de banco de dados de informações
georeferenciadas da região;
·
diagnósticos sócio-ambientais;
·
planejamento dos projetos de intervenção.
Resultados
Finais Esperados
·
Implantação de um núcleo de educação ambiental
·
Elaboração do projeto urbanístico e
arquitetônico do parque e entorno;
·
Elaboração do projeto de desenvolvimento de
habitação popular;
·
Elaboração do projeto de despoluição da represa
do prata;
Mecanismos de Transferência de Resultados
·
realização de um seminário sobre recuperação de
áreas degradadas;
·
produção de um vídeo de organização comunitária;
·
publicação de artigos de iniciação científica;
·
apresentação dos resultados das pesquisas nos
encontros; de planejamento urbano, educação e meio ambiente.
·
Transferência de informações georeferenciadas
para os órgãos de planejamento municipal e estadual visando subsidiar a
elaboração de políticas públicas.
IMPACTOS PREVISTOS
Impacto Científico
·
Realização de um curso de extensão
·
Realização de um seminário sobre recuperação de
áreas degradadas;
·
Apresentação de dois artigos no IX Encontro da
Anpur;
·
Realização de quatro TFG em Arquitetura;
·
Realização de duas dissertações de mestrado em Educação
e Contemporaneidade.
Impacto Tecnológico
·
Desenvolvimento
de uma metodologia participativa de intervenção urbana em áreas periféricas e
de risco, que poderá depois de avaliada ser aplicada em outras regiões com
características semelhantes;
·
Produção
de tecnologias de gestão ambiental em área de Mata Atlântica (sala verde);
·
Produção
de tecnologia em educação ambiental;
·
Elaboração
de Projetos de reciclagem de lixo;
·
Projetos
de construção alternativa (arquitetura ecológica)
Impacto Econômico
·
Impacto
na criação de serviços especializados;
·
Impacto
na formação e qualificação da mão de obra local;
·
Geração
de emprego e renda.
Impacto Social
·
Gestão ambiental e Infra-estrutura;
·
Arquitetônico e
Urbanísticos.
·
Sócio-educacionais: Criação
de espaços de sociabilidade (Sala do Futuro: criação de sala de informática com
acesso à Internet; Criação de uma rede de bibliotecas);
Impacto Ambiental
·
Contribuir
para a preservação de
·
Recuperar
o espelho d´água da Represa do Prata, tornando-a um espaço de sociabilidade
para a população local
·
Centro
de Educação Ambiental, o qual terá a incumbência de envolver a comunidade na
preservação da sub-bacia.
Infraestrutura Sócio Ambiental
Levantamento da fauna e da flora;
Levantamento geológico e
aerofotogramétrico
Realizar Zoneamento da
sub-bacia;
Recuperação da sub-bacia
do Prata;
Elaboração do projeto de
recuperação dos remanescentes de mata
atlântica;
Elaborar o projeto de
despoluição da represa.
Planejamento Urbano
Localização das áreas
prováveis para instalação dos equipamentos comunitários
Discutir com
a comunidade a instalação dos equipamentos
Elaborar o projeto
urbanístico e arquitetônico do parque e de seu entorno;
Desenvolver um projeto
na área de habitação popular auto-sustentável
Educação E Território
Implantar um núcleo de educação ambiental;
Diagnóstico sócio-econômico e estudos sobre
a memória da região;
Indicação
dos espaços de sociabilidades
Elaboração do projeto de criação da Escola
de Agroecologia
Elaboração da Agenda 21
Notas
[1] CASTELLS,
M.. O poder da Identidade. São Paulo: Paz e Terra, 2000. v.2. p. 143.
[2] SABATINI, F. Conflictos ambientales y
desarrollo sustentable de las regiones urbanas. Revista
Eure, Santiago
de Chile, v. 22, n. 68, p. 77-91, abr. 1997.
[3]
BRETÓN, V. ; GARCÍA, F. ; ROCA, A. El desarrollo tiene límites.). Los límites del desarrollo: modelos
“rotos” y modelos “por construir” en
América Latina y África. Barcelona: Icária/Insitut Catalã d´Antropologia, 1999. p.
9-22.
[4]
GRIFFIN, K. Desarrollo humano: origen, evolución e impacto. In: IBARRA, P.; UNCETA, K. (org.). Ensayo sobre el desarrollo humano.
Barcelona: Icária, 2001.
Bibliografía
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UNESCO, 2002.
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Barcelona: Ed. Del Serbal, 1998.
IBARRA, P.;
UNCETA, K. (Coord.). Ensayos sobre el
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WACQUANT, L. Os condenados da cidade:
estudos sobre marginalidade avançada. Rio de Janeiro: Ed. Revan;
FASE, 2001.
© Copyright Eduardo José
Fernandes Nunes, 2005
© Copyright Scripta Nova, 2005
Ficha bibliográfica:
FERNANDES, E. Laboratório de desenvolvimento de tecnologias sociais. Scripta Nova. Revista electrónica de geografía y ciencias sociales.
Barcelona: Universidad de Barcelona, 1 de agosto de 2005, vol. IX, núm. 194 (96).
<http://www.ub.es/geocrit/sn/sn-194-96.htm> [ISSN: 1138-9788]
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número 194
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