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Scripta Nova.
 Revista Electrónica de Geografía y Ciencias Sociales.
Universidad de Barcelona [ISSN 1138-9788] 
Nº 69 (71), 1 de agosto de 2000

INNOVACIÓN, DESARROLLO Y MEDIO LOCAL.
DIMENSIONES SOCIALES Y ESPACIALES DE LA INNOVACIÓN

Número extraordinario dedicado al II Coloquio Internacional de Geocrítica (Actas del Coloquio)

A CIBERGEOGRAFIA E O CONTINENTE DAS CIDADES VIRTUAIS

Elvio Rodrigues Martins
Prof. Dr. do Departamento de Geografia
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo/Brasil


A cibergeografia e o continente das cidades virtuais (Resumo)

Este trabalho dedica-se à analise da relação entre novas tecnogias da comunicação e a formação de novas geografia. Destaca-se aspectos introdutórios da assim denominada cibergeografia.

Palavras chave: comunicação/ cibergeografia/ nova geografia



The cibergeography and the continent of the virtual cities (Abstratc)

This paper purposes to analyse the relationship between the new technologies of communication and the make of new geographies. An introduction of the cybergeographie also are emphasized.

Key words: communications/ cybergeography/ new geographies


Quanto a mim, deixei assentado mais de uma vez que, ao meu ver, o espaço é algo puramente relativo, como o tempo; a saber a ordem das coexistências, como o tempo na ordem das sucessões. De fato, o espaço, assinala em termos de possibilidade uma ordem de coisas que existem ao mesmo tempo, enquanto existem em conjunto, sem entrar em seu modo de existir.(Leibniz, 1983, p.177)


Esta citação, das correspondências mantidas entre Clarke e Leibniz, representa um fundamento importante na concepção de espaço, e por conseguinte de todas as demais categorias de fundamento topológico, como região, lugar, território, etc. Ou seja, distante da concepção recorrentemente hegemônica em que espaço é tomado de forma absoluta, independente dos objetos, o conjunto das categorias fundamentais do discurso da ciência geográfica, se tomadas dentro desta concepção relativa, reportar-se-ão a ordem de coexistência das coisas. Mais exatamente: ao observarmos a realidade em sua constituição geográfica, estamos observando a coexistência estabelecida pela relação homem/meio, onde a geografia mostra-se como a ordem das coisas que coexistem.

Entretanto, observar a essência da relação do homem com o seu meio, constatamos que esta essência denota formas de relações de diferentes natureza. Vale dizer, que ativa e de caráter codeterminante, a relação homem/meio mostra todas as facetas da existência do homem e do meio. Seja numa dimensão mais proximamente objetiva, ou então em perspectivas mais subjetivas, seja num prisma mais consciente ou então em lianes inconscientes, a relação Homem/meio é constituída de um feixe de múltiplas codeterminaçãoes, uma dinâmica una, particular e fundante de uma totalidade. Um verdadeiro complexo, onde os aspectos ativos nunca agem sem mediações, onde estes nunca participam sem a interferência da estrutura da qual pertencem. Portanto, a geografia que aí se manifesta, é a materialização desta complexidade que representa a relação homem/meio. Há nesta geografia dimensões propriamente psicológicas, ou culturais, ou políticas, ou econômicas, ou se possível predominantemente sociológicas. Seguramente há dimensões históricas, pois as coderminações constituídas, são relações de negação das partes envolvidas neste todo, e por assim serem, traduzem-se em metamorfoses contínuas, constituindo movimento. Da mesma forma, como já mencionado, as dimensões citadas nunca se dão de forma "pura", sendo sempre mediadas pelas demais. Todavia, há que se acrescentar que tais relações se fundamentam também em características de natureza biológica, e porque não dizer também químicas e físicas. Neste sentido a ciência geográfica, o pensamento que quer ter entendimento desta geografia, necessita possuir em seus fundamentos epistemológicos aquilo que é característica ontológica da realidade, vale dizer a idéia de totalidade. A riqueza da vida em suas infinitas facetas esta aí presente. E no universo da lógica, a categoria da qualidade responde por este complexo vivo.

Se não bastasse esta trama que constitui o feixe de múltiplas coderminação fundante da geografia decorrente da relação homem/meio, é necessário também considerar sua dimensão escalar. De todas as formas de relações mencionadas a contigüidade não é regra. Ou seja, em determinadas circunstâncias as relações entre homem e meio, obedece uma rede de referências que extravasam a contigüidade do lugar imediato, vale dizer aquele imediatamente perceptível. Estarão também referenciadas e estabelecidas por outras distâncias, ou por outra trama de relações, onde sua extensão varia. Dito desta forma o meio, com o qual o homem se relaciona, revela-se uma geografia de escalaridade diversa, ou seja, a relação homem/geografia mostra as formas de produção e reprodução desta geografia em que o homem interage, da mesma forma em que esta geografia funda e refunda o ser deste indivíduo, matizando suas distintas formas de relação. Portanto, nisto divergimos de Leibniz, pois para este o espaço não diz respeito às formas de existir das coisas. Aqui, a partir do que consideramos até aqui, sobre a relação homem/geografia, a geografia entra no "modo de existir" do homem.

E é desta interação homem/geografia que se forma a idéia de "pertencimento", ou de pertencer a geografia de um dado lugar. É nestas circunstâncias que podemos falar de localização, de estar situado, de estar posicionado, de estar contido. Estar referenciado, relativo a uma geografia, pertencer a um lugar, estar em determinado lugar. Ou então, pertencer ao conteúdo de um continente. Ser de um continente, ou estar em um continente, é estar ligado na trama de relações escalarmente diversas respectiva a uma geografia. ser é estar contido no lugar, portanto ser continental ao conteúdo de determinadas relações. Os continentes são constituídos de lugares diversos e tramados por relações também diversas. Assim, continente é uma ordem de aspectos que coexistem, uma espacialidade fundada na relação.

Observada esta escalaridade, é necessário também que se tome os meios pelos quais, tal relação se executa. Ou seja, que mediação ela comporta. De que veículo ela se utiliza, qual a mídia que esta se pronuncia. Nas escalaridades mais imediatas, por exemplo, notadamente no universo fundamentalmente subjetivo, onde se inscreve a territorialidade do habitat, onde se perfila o espaço de vida e a geografia do cotidiano, as mídias são mais diretas, as manifestações são manifestações mediatizadas pelos sentidos básicos dos indivíduos. Do simples exercício da força física ao ato da fala, ou no gesticular, comunicam-se intenções, imprimem-se razões, procedem-se as determinações mais imediatas. Do universo do trabalho ao da produção de manifestações culturais, o homem comunica ao meio suas intenções, produzindo geografias. A força de trabalho, muitas vezes em suas circunstâncias alienadas, ou o ato único da criação artística, a relação se processa dentro do conjunto diverso e combinado de formas que mencionamos. A relação homem/geografia é mediada pelo trabalho, mas também pela cultura, pela política, pela sociologia e até pelo inconsciente.

Assim, desenhamos aqui as circunstâncias que nos colocam em condições de analisar que geografia possuímos hoje. Qual a geografia do mundo contemporâneo. Mesmo que reconhecido, é necessário que se diga, ou se reafirme o fato de que lugares hoje estão compondo continentes pelas relações estabelecidas na circulação de mercadorias ou de capitais ou mesmo na ordem forjada pela transnacionalização da produção industrial. Circulam tecnologias, na forma de mercadorias ou de capitais, e são inequívocas as geografias que daí resultam. Aspecto que voltaremos na seqüência deste trabalho.

Mas, há ainda outra forma de mediação a ser considerada na relação homem/meio. Aquela que tem por mediação o processo de comunicação. Ou seja, de quando homem e geografia permutam entre si informações. Para as finalidades desta pequena reflexão nos ateremos nas repercussões deste tipo de relação mediada pela comunicação, daquilo que chamaremos de "difusão geográfica de informação".

É necessário, antes de mais nada, que se pondere sobre a intencionalidade ou não, deste ato comunicativo estabelecido na relação homem/geografia. De quando a geografia transmite na relação com o homem um ato intencional de transmissão de informação. Ou de quando isto não está presente. Neste sentido uma das duas situações podem acontecer predominantemente, mas não necessariamente de forma exclusiva. A paisagem, por exemplo, é pródiga em nos comunicar significados e sentidos, mas não que isto necessariamente represente um ato intencional de comunicação dotado de informações.

Muitas vezes esta situação pode representar um significado extraído pelo indivíduo em relação ao objeto significante, pois dele emanam aspectos visíveis que denotam possivelmente sentidos a serem observados. A paisagem em seu comportamento fenomênico, imprime sobre a sensibilidade imediata do indivíduos suas propriedades espaciais(de naturezas estética ou sígnia) , derivando daí uma série de possibilidades que vão marcar a natureza da relação homem/meio. Mas aqui a relação não está necessariamente mediada pelo um ato comunicativo intencional. Da parte dos indivíduos as informações são observadas num grau de subjetividade muito intensa, vale dizer que mais que outros casos, a apreciação e o juízo do aparente é algo centrado na relatividade daquele que observa. Posso ter uma relação de recusa ou de consentimento em relação ao entorno que me cerca. Ou posso conceber a geografia que me cerca de diferentes maneiras, supondo a partir disto sua dinâmica, sua razão de ser como é em sua morfologia. Portanto, nesta perspectiva posso ter uma visão de mundo muito particular, como se aqui a paisagem fosse algo totalmente passivo, sujeito apenas às minhas ponderações individuais. Isto ocorre seguramente. Isto pode ser até o fundamento de certos urbanismos, ou mesmo de certas posições arquitetônicas. Isto pode inclusive compor uma fenomenologia das percepções, que seguramente guardam enorme significado quanto à construção das individualidades. Todavia, paisagem e espaço de uma dada geografia também comunicam intencionalmente informações.

Considerar a geografia como dotada de conteúdo informativo numa comunicação intencional nas circunstâncias contemporâneas, é ter de destacar em que circunstâncias este ato comunicativo aparece como uma necessidade, e por conta disto com enorme intensidade. Pois é em geografias de caráter urbano onde encontramos o meio mais fortemente carregado de conteúdo informativo. Ou seja, naquelas espacialidades fundadas por relações homem/homem-homem/geografia em que os ritmos destas relações, são premidos por circunstâncias alienadas, onde a intecionalidade dos indivíduos é suprassumida na premência imposta pelas relações de trabalho, pelo imperativo dos processos produtivos, onde a geografia em seu caráter urbano estabelecerá a ordem das coexistências que permitem a reprodução destas relações sociais de produção.

A produção aqui referida, não refere-se estritamente ao seu conteúdo econômico, mas sim produção como sinalizou Lefebvre

(...)se debe tomar como referencia no la producción en el sentido restrito de los economistas –és decir , el processo de la producción de las cosas y de su consumo-, sino la reproducción de las relaciones de producción. En esta amplia acepción, el espacio de la producción implicaría, por tanto, y encerraría en su seno la finalidad general, la orientación común a todas las actividades dentro da sociedad neocapitalista. El espacio constituiría, pues, una espécie de esquema en un sentido dinámico que seria común a las actividades diversas, a los trabajos divididos, a la cotidianidad, a las artes, a los espacios creados por los arquitetos y los urbanistas. Vendría a ser una relación y un sustentáculo de inherencias en la disociación, de inclusión en la separación.(Lefebvre, 1976, p. 34) Onde lê-se espaço nesta citação, leia-se geografia. E neste perspectiva dada, a geografia passa por determinações, onde o ritmo imposto nas relações de sua reprodução, convocam a necessidade de mídias que se desenvolvam no sentido em que a comunicação de informação se otimize de acordo com a premência deste ritmo.

Nesta geografia o olhar já encontra na paisagem o ato comunicativo intencional. Na geografia urbana está inscrita a publicidade, as intenções comunicativas informando padrões estéticos, indução de consumo, na orientação de direções a serem tomadas(direita, esquerda, sentido obrigatório...), a existência de áreas privativas ou públicas e assim por diante, num adensamento espacial nunca visto em outros momentos da relação homem/meio. O urbano é uma geografia adensada imposta pelo ritmo das relações. Uma necessidade de ordem produzida de um espaço criado ou mesmo planejado. Mas, há também a necessidade de tornar fluída a reprodução ampliada de mercadorias. Algo que na aparência supõe ser um fim do consumo ou da produção, mas na verdade é um meio.

Nesta imediaticidade do lugar, a cidade -o nódulo central da urbanidade- em sua geografia comunica suas informações, imprimindo nos indivíduos comportamentos, induzindo visões do meio, pontos de referência geográficos que marcarão a natureza futura das suas relações com o meio. Aqui nasce o Homini urbanicus.

Todavia este Homini urbanicus hoje não possui apenas uma relação com o meio imediato. A escalaridade atinente a esta geografia urbana contemporânea extravasa o locus de urbanidade imediato da cidade. Pois as relações midiáticas possuem recursos que permitem constituição de um lugar continente que integra uma série de nódulos de urbanidade.

Já nos é presente as afirmações da existência de cidades mundiais ou cidades digitais. Anteriormente já nos referimos aos impactos que a transnacionalização da produção fez na construção de geografias de determinadas realidades. Circulam internacionalmente, obedecendo determinada estratégia inovações tecnológicas, padrões de produtividade e consumo. Em cidades como São Paulo, repercutem na reprodução de centros dinâmicos de decisões, verdadeiros pontos centrais da nodalidade urbana, ou mesmo, na produção de novas áreas dentro da geografia da cidade, em que integram-se o conjunto de firmas representantes dos novos padrões tecnológicos. Ampliam-se os serviços como repercussão do desemprego motivado pela introdução de novos padrões tecnológicos na atividade industrial. Um crescimento desproporcional desta atividade em detrimento do desemprego causado pelo impacto das novas tecnologias, intensificando as descontinuidades dentro da nodalidade urbana da cidade. A geografia das cidades mundiais, possuem guetos e marginalidades. As tradicionais contradições sociais se intensificam, repercutindo numa urbanidade cada vez mais acentuadamente descontínua. Na verdade a descontinuidade geográfica é a territorialização das contradições presentes na relação homem/homem.

Descontínua por que as relações não estão postas em termos de igualdade em seus aspectos objetivos, e assim a relação homem/geografia e uma relação de possibilidades diferentes, de resultados distintos. Marginalidades e guetos são lugares e portanto categorias da geografia urbana das cidades mundiais. Nas geografias do capitalismo tardio, como São Paulo, tais circunstâncias novas são somadas a uma geografia historicamente dada e dramática em suas descontinuidades. E para além da cidade e de seu hinterland, a urbanidade tende a sua periferia, na fronteira com formações sociais muitas vezes fundadas em ruralidades. O campo também é descontínuo em sua geografia.

Diante disto, com marginalidades e guetos, com nodosidades e periferias, os lugares se compõem no continentes das cidades virtuais. Afora os fluxos de capitais e mercadorias, valores estéticos e morais também tomam a escalaridade do continente. A comunicação em escala planetária, ou mesmo a indústria cultural são seguramente por onde passam os fluxos deste tipo de informação. A partir disto a geografia do continente mostrará uma síntese representada pelos seu passado e estes valores que são universais dentro do continente. Nas cidades mundiais, não veremos a padronização das suas respectivas geografias. Mas, sim uma resultante entre passado e presente, sendo o presente representado por relações transnacionais de grande poder midiático, e o passado a existência de formações econômico-sociais com seus valores culturais específicos e, em detrimento disto, com sua geografia própria. As culturas locais, persistem, resistem, metamorfoseiam-se ou desaparecem, diante da cultura do continente, a cultura mundial.

A cultura mundial se apresenta como padronização de modelos políticos, ou então em regras de produtividade e eficiência. Muitas vezes, fundando um senso estético hegemônico, cria uma mercado de consumo de referências em escala internacional. Aqui a indústria cultural representa o principal agente neste sentido.

Mas, a cultura mundial não representa necessariamente onipresença sobre as culturas locais. Pode mostrar-se como um esforço decorrente da necessidade de comunicação entre diferentes culturas, o que resulta numa cultura de mediação, ou como se refere M. Featherstone a existência de "terceiras culturas". O respeito pela singularidade passa como uma estratégia de reconhecimento das peculiaridades locais. Aqui os especialistas que trabalham com cinema, vídeo, televisão, música, moda, propaganda e imprensa mundial, num sentido de uma melhor absorção de seus produtos, mostram a adaptação a valores locais.

Eis como o continente das cidades mundiais se constitui. As coexistências entre as nodalidades urbanas, em suas diferentes relações, compõe a geografia descontínua.

Todavia, há ainda um outro aspecto a considerar nesta escala mundial. No horizonte da difusão geográfica de informação, um recurso de comunicação intencional vem representando uma nova territorialização da relação homem/geografia. Algo que representa um novo patamar das relações mundiais e, portanto, na circulação de informação dosada de valores distintos. Algo que em sua intenção não se impõe, mas que convida ou permite o ato voluntário, além de permitir a coexistência infinita de valores. Uma realidade sem fronteiras, que se materializa nas relações, que pelos recursos técnicos supõe uma espacialidade na mídia. Eis o ciberespaço, que mostrará a nós uma cibergeografia, ou seja geografia da Word Wide Web. Um mundo constituído de ciberlugares, aquilo que na linguagem informacional denomina-se site. Um universo de coexistências que se multiplica em infinitas relações, vale dizer em ciberrelações denominadas links. Assim, a relação homem/meio mediada por este ato comunicativo pode ser tomada como uma relação homem/cibergeografia.

Integrada junto a geografia do continente das cidades mundiais, a cibergeografia possibilita a territorialização de comunidades virtuais compostas por afinidades de interesse. Aqui se conjuminam grupos em escala planetária, permutando informações e nisto repercutindo na formação de não só um padrão de culturas mundiais, mas na possibilidade de várias, permitindo assim a dissonância e a contramão de hegemonias de todos os tipos. Desde o reforço de integridades culturais locais, até a possibilidade do desenraizamento de perspectivas locais, rumando para uma consciência livre de apriorismos que marcam comunidades locais. Sexo, nação, religião ou raça, deixam de ser elementos fundantes das integridades individuais frente a relação com uma geografia que mostra a pluralidade de verdades relativas. Surge o Homini urbanicus mundialis, um indivíduo marcado por esta territorialidade itinerante da cibergeografia, estabelecendo valores ontológicos singulares próprios. Aqui o poder de sensibilidade em relação ao mundo, ganha liames críticos e a possibilidade de uma consciência refratária a identidade pela semelhança, mas sim a identidade fundada pelo fato de o dado comum ser a diferença.

Esta cibergeografia não está nos guetos e nas marginalidades da geografia urbana das cidades mundiais. Ela está naqueles um quarto da população mundial que possui linhas de telefone. A marginalidade e o gueto estão fora da cibergeografia. O significaria inclui-los nesta nova territorialidade? Que significa ter acesso a informação? Certamente isto concorrerá para o desenvolvimento de consciências. Certamente isto muda o padrão da relação homem/meio, muda a consciência do homem de si e de sua geografia.
 

Bibliografia

FEATHERTONE, Mike. O Desmanche da Cultura. São Paulo: Studio Nobel, 1997.

LEFEBVRE, Henri. Espacio y Política. Barcelona: Península, 1976.

LEIBNIZ, Gottfried. A Monadologia, Discurso de Metafísica e outros textos. In: Coleção "Os Pensadores". 2ª edição. São Paulo: Abril Cultural,1983.

MARTINS, Elvio Rodrigues. Da Geografia à Ciência Geográfica e o Discurso Lógico. São Paulo: Departamento de Geografia, Universidade de São Paulo, 1996 (Tese de Doutorado em Geografia Humana).
 

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